Mais de 200 médicos em risco de não enquadramento

Mais de 200 médicos em risco de não enquadramento

A direcção do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SINMEA) mostra-se preocupada com os constrangimentos em torno do último concurso público, bem como da admissão de todos os médicos, porque mais de 200 profissionais correm o risco de não serem enquadrados, por excederem o limite de vagas.

Terminou o período de reclamações do concurso público do Ministério da Saúde. Com o portal fora de serviço, o SINMEA tem visto a aflição dos médicos concorrentes ao referido concurso e, por isso, reuniu- se com a direcção de recursos humanos do MINSA para os devidos esclarecimento.

Segundo Adriano Manuel, presidente do SINMEA, que se fez acompanhar na referida reunião de nove médicos concorrentes com resultados provisórios (sem notas), esforços estão a ser envidados, pelo sindicato, no sentido de contactar outras entidades deste país, no sentido mendigar a admissão de todos os médicos, porque mais de 200 colegas correm o risco de não serem enquadrados por excederem o limite de vagas.

O sindicalista defende que os profissionais da classe devem ser unidos (mesmo que isso seja difícil na classe médica) para vencer os vários obstáculos impeditivos de admissão dos médicos, que são tão poucos neste país com falta gritante destes profissionais.

Na mesma reunião foram abordadas também questões relacionadas com a formação dos médicos, a admissão rápida dos médicos expatriados em detrimento dos angolanos, e que todos médicos sejam admitidos neste concurso, independentemente da nota, para além da ausência de informações no portal do MINSA.

O director dos recursos humanos garantiu que todas reclamações serão atendidas, segundo o número um do sindicato, que ia chamar todos os reclamantes para entrar em contacto com a sua prova e rever os possíveis erros. Só no final deste processo que parece prolongado é que se vai divulgar a lista definitiva dos apurados com notas igual ou superior a 10 valores.

“O responsável dos RH do MINSA reconheceu a falha desta instituição ao manter o portal sem informações e prometeu corrigir brevemente. Também reconheceu que muitas inquietações levantadas pela direção do SINMEA ultrapassavam as suas competências, por termos pedido o enquadramento incondicional de todos médicos”, disse.

“Deve-se evitar esta tortura psicológica a que são submetidos os médicos em todos concursos públicos. Esperamos que a pandemia da Covid-19 possa ser um grande exemplo para que possa olhar na classe médica com olhos de ver”, acrescentou, Adriano Manuel.