Embora tenha somente 37 anos, festejados em Dezembro, Wanessa Camargo já completa 20 anos de carreira em 2020.
Foi em Novembro de 2000 que, após pré-história musical vivida em bandas adolescentes como Neon, a artista goiana se lançou oficialmente como cantora e editou o primeiro álbum, Wanessa Camargo, com visibilidade garantida pelo facto de a artista debutante ser filha de Zezé Di Camargo, cantor e compositor sertanejo que formava bem-sucedida dupla com o irmão Luciano.
Aproveitando a efeméride, Wanessa inicia no mercado fonográfico as comemorações dessas duas décadas de trajectória profissional dr na música com a edição do EP Fragmentos – Parte I, disco programado para chegar às plataformas de áudio na Sexta-feira, 15 de Maio, com capa já revelada nas redes sociais da artista.
É curioso que Wanessa Camargo tenha chegado aos 20 anos de carreira fonográfica como figura ainda mediática. Afinal, a artista jamais delineou uma assinatura própria como cantora ou compositora. A retirada do sobrenome Camargo no meio dessa trajetória – posteriormente reincorporado ao nome artístico de Wanessa – foi somente um indício dessa ausência de identidade na música.
Wanessa tentou firmar-se no pop brasileiro juvenil ao longo dos anos 2000 com som que, de início, acentuou influência da música country e, em momento posterior, perdeu esse estilizado sotaque pop rural contemporâneo à moda de cantoras norte-americanas como Shania Twain.
A partir dos anos 2010, a cantora migrou para o universo da música electrónica, fazendo dance pop no álbum W (2011), já então sem o Camargo no nome artístico. Em 2016, Wanessa tentou em vão apanhar boleia na explosão do movimento sertanejo feminino, o feminejo, mote do álbum 33, lançado naquele ano com o Camargo de volta ao nome artístico da cantora.
A propósito, 33 foi o último álbum de Wanessa Camargo. Seguiram-se então singles e EPs de estilos diversos que mantiveram inalterado o status da artista no universo pop nacional.