Editorial: A questão está no controlo

Editorial: A questão está no controlo

Até agora, apesar do perigo, a marcha da Covid-19 em Angola poder-se-ia dizer que estava controlada pelas autoridades. Tinha-se quase a certeza dos números das infeções e dos seus contactos. E até dos contactos dos contactos. Mas surgiu, ontem, uma incerteza, com uma morte que pode ter derivado ou de um período de incubação do vírus SARS-CoV-2 excessivamente longo, ou de um contacto com algum caso importado não descortinado, ou ter-se-á inaugurado o processo de circulação comunitária do vírus. Aquilo que todos os países temem. Por uma questão simples: o vírus fica fora de controlo e aí já só se tem contacto com ele ou por via de uma testagem massiva, ou à porta do hospital. A resposta está na investigação dos contactos do “doente 50” que faleceu. Se não for possível fazer-se uma ligação a algum caso concreto e depois disso “cercar” todos os outros possíveis contactos, então o vírus pode estar em todo o lado.