Galeria angolana Movart presente na nova edição da feira Arco Lisboa

Galeria angolana Movart presente na nova edição da feira Arco Lisboa

A galeria está presente na secção “África em Foco”, que trás uma exposição colectiva incorporada pelos artistas Keyezua, Mário Macilau, Rita Gt e Thó Simões, e como pela primeira vez entram em cena Emo de Medeiros, Ilídio Candja Candja, Kwame Sousa, Adetomiwa Gbadebo, Sethembile Msezane, Stephen Tayo e Tabi Bonney.

Entre fotografia e pintura, os interessados poderão observarnesta edição as mais recentes obras e séries dos artistas, representando cenas do quotidiano, questionamentos e reflexões culturais, através de retratos de diferentes realidades do continente africano, salienta a curadoria da mostra sob a chancela de Graça Rodrigues e Sónia Ribeiro.

“Através deste projecto, a galeria propõe gerar um diálogo entre estes países com afinidades coloniais e históricas, reflectindo sobre o conceito de de colonialidade e procurando promover uma reflexão sobre a forma como a arte contemporânea africana se tem vindo a afirmar à escala global”, refere a curadoria.

Essa afirmação tem-se verificado através da produção de um posicionamento discursivo disruptivo no contexto de um debate pós-colonial que permaneceu ao longo de décadas transversalmente marcado por um certo eurocentrismo cego.

Uma teorização enraizada que decorre dos processos de ocupação e partilha dos territórios africanos pelos povos colonizadores, que produziram uma leitura unilateral sobre a sua influência na constituição cultural e artística dos países colonizados.

O projecto desenvolvido curatorialmente, especificamente para a Arco Lisboa, reflecte sobre a emersão de uma visão crítica do colonialismo e a importância que a Diáspora africana – personificada nestes sete artistas – os projectos curatoriais, a investigação e o estudo de fundos documentais assumem na produção de uma renovação do discurso histórico da arte na contemporaneidade.

A feira

A Arco Lisboa, a feira internacional de arte contemporânea, decidiu adaptar a sua edição deste ano a uma versão de feira online com a duração de quatro semanas, tentando recriar o espírito deste importante projecto, que, desde 2016, anima a cena artística portuguesa mobilizando cada vez mais público e interesse internacional.

A esta vertente, juntam-se como já é hábito – ainda que em formato digital- outras acções, como um programa de conversas entre profissionais do meio, que promete ligar a cena artística portuguesa a uma audiência nacional e internacional.