Próxima semana pode ser decisiva para a Covid-19 em Angola

Próxima semana pode ser decisiva para a Covid-19 em Angola

O governante alerta as pessoas no sentido de ficarem cada vez mais em casa, saindo apenas quando for necessário. Recomenda ainda o uso de máscara, desinfectar as mãos e observar cada vez mais o distanciamento físico para que o comportamento da doença comece a mudar.

Para realçar a importância do cumprimento rigoroso de tais medidas, recordou que a última semana ficou marcada pela oscilação em termos de casos, pelo que é chamada a responsabilidade individual, sobretudo, na gestão da Covid-19.

Informou que ontem, em nome da Comissão Multissectorial de Prevenção e Combate à Covid-19, visitaram (uma pequena delegação) a província da Lunda-Sul para proceder à entrega de material de biossegurança, numa quantidade acima das 10 toneladas, e também para ministrarem formação aos técnicos locais sobre colheita de amostras.

“Também levamos o que nós chamamos a câmara laminar, para, num curto espaço de tempo, se iniciar a feitura da testagem na base de Gene Pex, daqui há 10 dias. E continuamos a fazer a aquisição de meios e a formação dos técnicos”, frisou.

Covid-19 dá trégua após 12 casos em quatro dias consecutivos

Ao fim de quatro dias consecutivos de casos positivos que chegaram a 12, o país “teve tréguas” nas últimas 24 horas, não registando novos casos de Covid-19, mantendo os 60 confirmados e três óbitos. Mantêm-se também as cifras de 18 recuperados e de 39 doentes activos clinicamente estáveis.

De realçar que dos infectados, 32 resultam de casos de transmissão local e os demais são casos importados, envolvendo angolanos e estrangeiros.

Por outro lado, o Instituto Nacional de Investigação em Saúde tem um acumulado de 10 mil amostras acolhidas, das quais 60 positivas, 6.663 negativas e 398 se encontram em processamento.

Franco Mufinda disse que se encontram em quarentena institucional no país 1.064 pessoas, tendo sido atribuídas, no período em referência, altas a 35 pessoas, das quais, 30 na província de Luanda, três na Lunda-Sul e duas na Huíla. Fez saber que os casos suspeitos investigados são 449, enquanto sob investigação e vigilância estão 1.194 casos.

“Informamos que os testes em profissionais da clínica da Endiama até esta altura foram negativos. Enquanto os testes em profissionais e alguns doentes internados na Clínica Multiperfil se encontram em processamento”, garantiu.

Franco Mufinda explicou ainda que ao longo dos últimos dias, com o registo de novos casos, houve alteração na distribuição de casos assintomáticos e sintomáticos. Deste modo, disse que o país tem dos 60 casos confirmados e, destes, 87 por cento são assintomáticos, sendo que apenas 13 % são sintomáticos.

O Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) registou 72 chamadas, das quais duas denúncias por contactos directo e 70 pedidos de informação sobre a Covid-19.

Dos 60 casos registados, apenas oito apresentaram sintomas

Franco Mufinda esclareceu que dos 60 casos positivos existentes até esta data, apenas oito acabaram por apresentar sintomas, enquanto 52 não apresentaram qualquer sinal, ou seja, não expressaram febres e muito menos tosse.

Apresentaram-se como pessoas normais. Entretanto, explicou que neste grupo de oito, duas pessoas demonstraram febres, havendo uma distribuição aleatória dos sintomas para clinicamente se poder chegar a um caso suspeito.

Em termos de actividade realizada por províncias, destacam-se a desinfecção de comunas e instituições públicas e em locais onde decorrem as quarentenas institucionais, palestras de sensibilização em línguas locais, capacitação de técnicos de saúde, bem como foram remetidas amostras reportados alguns casos suspeitos de Covid-19 da província do Cuando Cubango.

Detalhou que, conforme a sintomatologia, os que expressam sintomas por temperaturas elevadas, a 38 graus celsos, do conjunto dos 13 por cento de sintomáticos, são 22 por cento. Ainda neste conjunto, 31 por cento expressam tosse e 13 por cento acabam por apresentar febre.