PRS alerta sobre riscos de contágio da Covid-19 no Huambo

PRS alerta sobre riscos de contágio da Covid-19 no Huambo

Em conversa com OPAÍS, ontem, o responsável informou que a maior parte destas pessoas, acompanhantes de doentes, estão sem máscaras e não desinfectam as mãos com álcool em gel, por não os terem.

Disse que a situação é ainda mais preocupante na medida em que também estão expostas crianças que aí pernoitam com as suas progenitoras, o que, de acordo com a fonte, pode propiciar o contágio, não só da Covid-19, mas de doenças respiratórias, nesta época de Cacimbo.

Estimou em mais de 200 pessoas que correm o risco de contrair doenças caso não beneficiem de meios de protecção que estão a ser distribuídos pela Comissão Multisectorial de Resposta à Covid- 19 do Huambo.

Informou que, para minimizar a carência, o Secretariado Provincial do Huambo do PRS distribuiu algumas máscaras, mas insuficientes para dar resposta às necessidades, tendo em conta o número de pessoas carentes.

Garantiu que a instituição que dirige está a trabalhar no sentido de adquirir mais máscaras, álcool em gel e sabão para distribuir a estas pessoas, no quadro da sua responsabilidade social.

Soliya Selende defendeu, por outro lado, a necessidade de os órgãos de comunicação social continuarem a divulgar a mensagem sobre o perigo que representa a Covid-19, bem como a forma de se prevenir do contágio.

A fonte sustentou que muitas pessoas contactadas por ele, sobretudo nas comunidades rurais, desconhecem esta pandemia, pelo que solicita à Comissão Multisectorial de Resposta à Covid-19 o redobrar das suas acções de sensibilização sobre o novo Coronavírus.

Excessos da Polícia Nacional

Ainda ontem, em conferência de imprensa realizada na cidade do Huambo, o secretário provincial do PRS denunciou alguns excessos atribuídos a agentes da Polícia Nacional na sua actuação durante o estado de emergência nacional.

Disse ter recebido várias queixas de cidadãos, sobretudo jovens, que alegam casos de extorsão por parte de agentes da Polícia Nacional, em troca dos seus meios apreendidos, com realce para as motorizadas.

Na conferência de imprensa, Solya Selende criticou também a Polícia Nacional pelo excesso de zelo no cumprimento da sua missão, que, segundo a fonte, está a usar armas de fogo para repressão em vez de acções pedagógicas.

O político reconhece o papel da Polícia Nacional, mas entende que deve evitar os excessos para que não desemboquem em violação dos direitos humanos.

Disse que com a vigência do estado de emergência nacional, a Polícia Nacional tem sido acusada de se exceder, pelo que deve mudar o seu modo de actuação, rematou.