Empresários preparam menu de makas e contribuições para encontro com PR

Empresários preparam menu de makas e contribuições para encontro com PR

O presidente da Confederação Empresarial Angolana (CEA), Francisco Viana, disse que perto de 40 associações membros da instituição que dirige abordaram sobre o estado das empresas e as respectivas soluções para o relançamento da economia nacional.

Acrescentou, por outro lado, que as empresas estão a trabalhar no sentido de retornar às actividades para contribuir no desenvolvimento económico.

No que toca às preocupações dos empresários, referiu que tem a ver com o diálogo entre o Executivo e o sector privado, no sentido de ser institucionalizado, o que já acontece, mas precisa de melhorar, definir objectivos, “ver o que está bem e corrigir o que está mal”, a situação da pandemia do coronavírus que juntou-se á crise económica, a falta de equipamentos e operacionalização do alívio das dificuldades provocadas pela crise económica .

“Há dois anos, a CEA escreveu uma carta aberta ao Presidente da República a prever toda a situação de calamidade económica no país. É uma situação difícil em que todos temos de nos unir, nomeadamente o Governo e a sociedade civil para ultrapassar os problemas económicos”, explicou.

Segundo o empresário, neste momento, muitas empresas estão encerradas, pelo facto de não terem dinheiro para pagar impostos e nem reabrir após o estado de emergência. Sem avançar números, Francisco Viana ressaltou, contudo, que muitas empresas paralisaram as actividades nos últimos meses e não têm como reabrir as portas, deixando no desemprego centenas de pessoas.

“Estamos a preparar o nosso contributo, de modo que o Governo tenha uma ideia das principais preocupações dos vários sectores da classe empresarial, como as pescas, agricultura, saúde, comércio, indústria, avicultura, energia eléctrica e outros”, explicou.

Por sua vez, o presidente da Associação Nacional dos Avicultores de Angola (ANAVI), Rui Santos, referiu que associação enfrenta diversos problemas de falta de matéria-prima, vacinas e ração, e estas questões serão apresentadas no encontro de auscultação.

Na sua opinião, é necessário definir programas específicos, tal como a introdução de pintos no mercado, identificando os produtos para o referido lote até ao fim da vida produtiva (20 meses). “Em cada 5 meses deve- se repor o stock em termos de matéria-prima, de modo a não interromper a produção de ovos”, reiterou.

Para ele, com os sectores organizados e a estabilidade na aquisição de matérias-primas, o país poderá obter melhores resultados no crescimento da produção e resultado financeiro, e assim pagar o empréstimo concedido pelos bancos.

No que diz respeito ao programa de alívio fiscal, Rui Santos salientou que grande parte dos associados não conseguiram se inscrever no programa, tendo em conta o fluxo de inscrições.

“Penso que o Governo deveria falar com os representantes das associações para melhor identificar as empresas que realmente precisam deste alívio fiscal para manter as instituições”, defendeu.