Hospitais dos Estados Unidos informaram ter recuado sobre o uso da hidroxicloroquina, droga contra a malária defendida pelo Presidente Donald Trump como tratamento contra a Covid-19, depois de vários estudos sugerirem que o medicamento não é eficaz e pode representar um risco significativo.
As esperanças iniciais a respeito do medicamento foram baseadas, em parte, em experimentos de laboratório e as suas propriedades anti-inflamatórias e antivirais. Mas até agora a sua eficácia não foi comprovada em testes em humanos, e pelo menos dois estudos sugerem que pode aumentar o risco de morte.
Vários hospitais que há dois meses disseram à Reuters que usavam hidroxicloroquina, frequentemente, para pacientes com Covid-19 recuaram.
Os pedidos do medicamento caíram para um décimo do pico do final de Março, para cerca de 125.000 comprimidos na semana passada, disse a Vizient Inc, compradora de medicamentos para cerca de metade dos hospitais dos EUA.
A redução significativa no uso é um sinal de que os médicos dos EUA não acreditam mais que o potencial benefício da droga supera os riscos. Nesta semana, alguns governos europeus proibiram o uso de hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19.