Por: Fonseca João
Caro director
Vi, há uns dias, no jornal OPAÍS, imagens que me deixaram muito triste, de pessoas a comer no lixo dos contentores da centralidade do Kilamba. Até hoje estou impressionado porque havia muitas crianças e mulheres. Uma estava grávida.
Como é que o nosso país chegou a este ponto? Aquilo é mesmo Angola? Quase não acreditei.
Nem no tempo colonial e nem no tempo da guerra vi imagens como aquelas. Temos só sabido da fome no Cunene, agora é na capital do país. Muito triste.
Todos os angolanos devem abraçar os seus irmãos, cada um deve partilhar, dar um pouco do que tem. É preciso acarinhar os angolanos.
Também devemos comprar aquilo que é produzido em Angola, para criar mais empregos e diminuir a fome. Assim como os empresários também devem investir mais o seu dinheiro no nosso país, porque quando depositam lá fora estão a matar a fome e o desemprego dos outros, enquanto aqui crescem os números.
Só depois devem surgir as igrejas e outras organizações. E no fim o Governo, mas antes, cada irmão deve ajudar o outro, só assim teremos uma sociedade melhor. Porque se a pobreza aumenta, nunca teremos uma sociedade boa, ninguém poderá dizer que se sente bem neste país. Sejamos solidários.