China denuncia ‘doença crónica’ do racismo nos EUA e Irão critica reacção do Governo americano no caso George Floyd

China denuncia ‘doença crónica’ do racismo nos EUA e Irão critica reacção do Governo americano no caso George Floyd

A China criticou nesta Segunda-feira a “doença crónica” do racismo nos Estados Unidos, após a morte de um cidadão negro detido pela Polícia, caso que provocou manifestações, algumas violentas, no país. 

Os incidentes em várias cidades americanas são o sinal da “gravidade do problema do racismo e da violência policial nos Estados Unidos”, declarou à imprensa o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian. 

A revolta nos Estados Unidos foi provocada pela morte em Minneapolis de George Floyd, um africano-americano de 46 anos, numa acção de um polícia branco. 

Zhao fez uma comparação entre a violência nos Estado Unidos e a que sacudiu no ano passado a região semiautônoma chinesa de Hong Kong, em reacção à influência de Pequim na ex-colónia britânica. 

Para ele, a resposta dos Estados Unidos às manifestações contra a violência policial no seu território é “um exemplo clássico dos seus duplos padrões mundialmente famosos”. 

“Por que os Estados Unidos tratam como heróis os partidários da violência e da suposta independência de Hong Kong, ao mesmo tempo que chamam de ‘agitadores’ aqueles que protestam contra o racismo?”, questionou. 

 Críticas do Irão 

O governo do Irão também criticou a reação do Governo norte-americano no caso George Floyd. 

“Ao povo americano: o mundo ouviu o vosso grito sobre o estado de opressão. O mundo está ao vosso lado”, declarou o porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, Abas Musavi. 

“E aos funcionários do Governo e à Polícia americana: parem a violência contra o vosso próprio povo e deixem que respire”, completou. 

“Lamentamos profundamente ver o povo americano, que busca de maneira pacífica respeito e não mais violência, reprimido indiscriminadamente e encontrar com a violência máxima”, disse Musavi. 

Também acusou o grande inimigo da República Islâmica de “praticar a violência e o assédio em casa e no exterior”. 

AFP