Um helicóptero militar voando em baixa altitude foi destacado para dispersar os manifestantes que tomaram as ruas da cidade americana de Washington, desafiando o toque de recolher obrigatório.
Alguns dos violadores da nova medida puderam ser vistos a quebrar fachadas de lojas.
Dezenas de pessoas que protestaram contra a morte de George Floyd, morto durante uma detenção em Minneapolis, no Estado de Minnesota, saíram às ruas da capital na noite de Segunda-feira (1º), violando a regra de recolher obrigatório imposta anteriormente.
Quando os manifestantes marcharam para Chinatown, foram recebidos por pelo menos um helicóptero Blackhawk com uma marcação da Cruz Vermelha.
Essa é a sensação quando o helicóptero paira por um segundo.
O helicóptero pairava apenas alguns metros sobre a multidão numa aparente tentativa de forçá-los a se dispersarem.
Também têm surgido vídeos que mostram a polícia a usar granadas de atordoamento nas multidões.
Conhecida como “demonstração de força”, a manobra usa a hélice da aeronave para impelir tudo, incluindo lixo e detritos, para fora de seu caminho e contra os manifestantes. A táctica é normalmente reservada para zonas de guerra, onde é usada para perseguir insurgentes.
“Este grupo de esquerda progressista tem como objectivo enfrentar nas ruas os grupos supremacistas brancos. Acusá-los dos protestos provocados pelo mal-estar social é uma estratégia de comunicação de Trump para minimizar a verdadeira razão dos protestos”, comenta Zamorano.
O analista salientou a hipocrisia do presidente dos EUA ao recordar que “há duas semanas havia grupos supremacistas brancos a protestar contra o isolamento social e estas manifestações organizadas por grupos de extrema-direita foram comemoradas por Trump”.
De acordo com Zamorano, “existem mais de 320 milhões de armas privadas nos EUA e existem muitos grupos armados e milícias com treinamento militar”, motivo pelo qual “se a crise do coronavírus seguir a sua má administração, pode haver o transbordamento da violência”.
Por outro lado, comentou que Trump se vê impedido de fazer campanha para reeleição em Novembro e está a ser “prejudicado pelas sondagens”.
O seu adversário democrata, Joe Biden, não pôde capitalizar o seu apoio, mas tem uma vantagem de dois a cinco por cento”.