Trinta e um mil e 974 casos de malária foram registados no primeiro trimestre deste ano nas unidades sanitárias do município do Lobito, província de Benguela, mais 10 mil e 309 em relação a igual período de 2019, revelou, ontem, o médico Simão Tchissococua.
O chefe de secção municipal de Saúde Pública no Lobito declarou, à Angop, que dos 31.974 casos diagnosticados, 17 resultaram em óbito, com uma redução de três mortes comparativamente aos meses de Janeiro a Março de 2019.
O responsável sanitário referiu que a causa principal do aumento dos casos de malária é o débil saneamento básico no município do Lobito, ou seja, as valas e a acumulação de lixo na cidade e periferia, o que leva à multiplicação do mosquito que provoca a doença.
Para colmatar a situação, Simão Tchissococua pediu à população que realize campanhas de limpeza nas ruas, assim como evitar amontoados de lixo e águas estagnadas.
De igual modo, no município da Catumbela, litoral da província de Benguela, os casos de malária tendem a aumentar nos últimos tempos. Em média, as autoridades sanitárias registam diariamente mais de 60 casos da doença.
De acordo com o chefe em exercício da repartição municipal da Saúde, Baltazar Gourgel Bettencourt, apesar da ligeira tendência de aumento, a mortalidade nas unidades hospitalares é muito baixa.
“O município não registou qualquer óbito por malária este ano, mas isto não é motivo para baixarmos a guarda”, frisou, salientando que as autoridades continuam a aconselhar a população a fazer o uso correcto do mosquiteiro, que protege da picada do mosquito.
Além da malária, a situação epidemiológica no município da Catumbela é ainda marcada por doenças respiratórias agudas, má nutrição e hipertensão arterial.