Crise de Covid-19 reduz de morte de tartarugas

Crise de Covid-19 reduz de morte de tartarugas

Nesta crise de Covid-19 não se tem registado a caça de tartarugas, segundo o entrevistado, pelo facto de o estado de emergência ter sido decretado no fim da temporada de desova, o que faz com que surjam poucas tartarugas nas praias. 

“Isso dá-nos uma certa tranquilidade, porque temos uma redução de tartarugas na praia. Com o início da temporada de desova, que é a partir de Setembro, e se essa situação de calamidade continuar, ali, sim, vamos ter muitas tartarugas a ser caçadas. Se não estivermos a trabalhar nas zonas habituas e a implementar as actividades programadas, o cenário poderá ser mais caótico”, disse. 

Michel disse que têm tido feedback dos homens que estão nas bases criadas pelo projecto e não têm, nesta altura, registo de caça preocupante. Esperam que a situação da Covid-19 seja ultrapassada até Setembro.  

Recorda que o projecto Kitabanga trabalha em parceria com a Polícia, para esta intervir sempre que necessário. Durante os seus trabalhos já receberam ameaças na região do Soyo, Kissembo Mucerra e Cuio, que são pontos tidos como problemáticos e com maior pressão sobre as tartarugas. 

“Já chegamos a levar indivíduos à barra do tribunal. Não podemos deixar o trabalho cair por causa das ameaças, por isso temos as estruturas do Estado para agir”, finalizou.   

A região do Rio Longa tem tido uma pressão muito grande em época de desova, com grande mortalidade de tartarugas, bem como a região do Soyo, com grande quantidade de redes de pesca. “Este é um trabalho que o Ministério das Pescas também deve ser chamado a resolver, por estarmos a ter artes de pescas em momento de desova e em locais inapropriados”.