Paralisação dos taxistas de Cacuaco com seis detidos por arruaça

Paralisação dos taxistas de Cacuaco com seis detidos por arruaça

Pneus queimados e obstáculos colocados na Estrada Número 100 foi o cenário que se registou nas primeiras horas da manhã de ontem em Cacuaco, o que fez com que a Polícia fosse chamada a intervir e resultou na detenção de seis pessoas por arruaça.

Estava previsto os taxistas de Cacuaco não paralisarem o serviço naquele município até hoje (que completaria três dias), tempo que a governadora de Luanda, Joana Lina, pediu para a resolução do problema das paragens naquela zona. Depois do encontro com a governadora, houve outro encontro com a direcção de tráfego e mobilidade do GPL, mas isso não impossibilitou que os taxistas não paralisassem.

O presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas, Francisco Paciente, disse que, apesar de a culpa do tumulto ter sido atribuída aos taxistas, não foram estes profissionais que assim agiram, mas sim jovens do bairro da Cerâmica.

O bairro da Cerâmica é a zona que a Administração local identificou para transferir a nova paragem dos táxis, e de acordo com Francisco Paciente, boa parte dos moradores não concorda com esta transferência e decidiu manifestar-se, colocando pneus e erguendo barricadas para que os taxistas não entrassem na zona.

“Foram detidas seis pessoas, entre taxistas e, inclusive, um suposto funcionário da Administração. Não foram os taxistas que causaram o tumulto, mas, sim, os moradores do bairro de transferência da paragem”, ressalva.

Os taxistas da cidade capital deixaram de circular no município de Cacuaco para reivindicarem por melhores paragens, uma vez que a Administração local determinou paragens que têm criado constrangimento à classe, para além de o estado da via danificar as viaturas.

A decisão da paralisação surgiu “pelo facto de não haver qualquer vontade por parte da Administração de recuar ou devolver as paragens habituais aos taxistas. Assim, até ao Domingo, 7 de Junho, estava acordado entre a Associação dos Taxistas de Angola (ATA), a Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) e a Associação de Motoqueiros Transportadores de Angola (AMOTRANG) que não circulasse, durante estes três dias, nenhum taxista em Cacuaco.

Hoje, acontece uma reunião com a vice-governadora de Luanda, para solucionar o problema e os taxistas esperam não ter que avançar para uma paralisação em toda a cidade de Luanda.

Durante a paragem, de ontem, não houve táxis nas rotas Kicolobairro Uíge; Kicolo-Comarca; 5M – Sabadão e toda extensão do Kifangongo até a Funda Vila e Terra Branca. Foram criados novos itinerários, sendo o primeiro que vai do mercado do S. Paulo, Mutamba e Mercado dos Kwanzas, com término na Tecnocarro; o segundo vai do Benfica, Zango e Viana, com término na ponte do KM25 e o terceiro itinerário saiu do S.Paulo – Cuca e com término no Cemitério da Mulemba “14”.