Detido líder de quadrilha um mês depois de sair da cadeia

Detido líder de quadrilha um mês depois de sair da cadeia

A Polícia Nacional desmantelou, no dia 11 de Maio, na cidade do Lubango, bairro Tchioco, um grupo de marginais composto por 9 elementos, liderado por António Macala “Anti-bala”, envolvido nos crimes de roubo, com recurso a arma de fogo, de diversos electrodomésticos no interior de residências e telefones a cidadãos na via pública.

As últimas vítimas foram feitas no último fim-de-semana, nos bairros do Tchioco, Joaquim Kapango e Dack-Doy, situação que levou a Polícia local a envidar esforços no sentido de identificar e deter os presumíveis autores, dadas as ocorrências registadas.

No momento da detenção foi encontrada em posse destes uma arma de fogo do tipo AKM, com cano cortado, que estava a ser usada no cometimento de crimes nos bairros Tchioco, Patrice Lumumba, Joaquim Kapango e Dack-Doy.

O marginal que responde pelo nome de Anti-Bala tinha sido solto há menos de um mês do Estabelecimento Penitenciário do Bentiaba, onde cumpria uma pena, desde 2012, por crimes de roubo com recurso a arma de fogo e resistência contra Polícia, pois este e seus comparsas protagonizaram uma troca de tiros, na altura da sua detenção, no bairro do Tchioco, junto ao estádio da Tundavala.

Neste momento estão detidos os 9 elementos do grupo, dentre os quais André Ramos “RJ”, Manuel Gamba “ Man Rance”, Kuatchissombo Kiaku Ponto “ Cotingo”, Miranda  César Henriques “3 Barras”, Gilberto Nkunluambenda “Edgar”, Daniel Guerra “ Dilson”, todos moradores do bairro do Tchioco,  com idades compreendidas entre os 16 e os 28 anos.

Manifestação de fúria dos mototaxistas acalmada

Ainda na província da Huíla, o 2°comandante provincial, Florenço Ningui, reuniu-se ontem com os responsáveis dos moto-táxis do município do Lubango, para pedir compreensão aos profissionais deste sector pelo impedimento legal da actividade neste período de prevenção e combate à Covid-19.

O responsável pede a colaboração dos moto-taxistas enquanto se aguarda pela regulamentação por decreto sobre o exercício desta actividade.

No encontro, no qual participaram 17 líderes das principais paragens, a Polícia disse não estar contra os moto-taxistas e que as acções de fiscalização em curso, que resultaram na apreensão de vários motociclos e detenção de alguns desobedientes, que resistiram a ordem policial, deriva das restrições desta actividade.

Por outro lado, garantiu que o Comando Provincial da Huíla está aberto para receber denúncias sobre a má actuação policial e eventuais actos de suborno, sendo que estas práticas são passíveis de responsabilização disciplinar e criminal.

“O direito à manifestação pode ser exercido no estrito respeito da lei e não com arruaça e desordem, como se observou em algumas artérias da cidade do Lubango, tendo aconselhado os moto-taxistas a não confrontarem as forças da ordem, pois esta atitude de violência obrigará a Polícia a usar da força para garantir o cumprimento da lei”, sublinhou.

Os representantes dos moto-taxistas agradeceram o gesto e prometeram acatar as orientações e serem porta-vozes das recomendações da Polícia junto dos seus colegas.