IDA incentiva agricultores a aderir aos meios mecanizados

IDA incentiva agricultores a aderir aos meios mecanizados

O projecto, lançado em 2019 pelo IDA e o Ministério da Agricultura tem, entre outras, a finalidade a de providenciar o acesso às tecnologias intermédias e pequenos equipamentos de inovação tecnológica a preços justos por parte das famílias camponesas.

Dinamizar o processo de comercialização rural e aprovisionamento de pequenos equipamentos agrícolas no meio rural, substituição paulatina dos meios manuais por tecnológia intermédia e pequenos equipamentos de inovação tecnologica, são outros propósitos.

O responsável, que falava durante uma demonstração dos equipamentos aos produtores locais, afirmou que estes fazem muito esforço físico e realizam actividades muito penosas na sua actividade produtiva, com rendimentos baixos.

Adiantou que, em função das áreas que exercem, se optarem pelos meios mecanizados terão maiores facilidades e aumento dos rendimentos.

A título de exemplo referiu que se o camponês tiver de debrulhar milho em 30 minutos manualmente, com o equipamento faz somente dois minutos.

Sobre o processo de demonstração do funcionamento dos equipamentos, disse que visa sensibilizar as pessoas para aderirem ao programa, em função das suas necessidades e dos equipamentos de que necessitam.

Entre os equipamentos constam para maneio dos campos cultivados (salchadores manuais, pulverizadores de dorso), colheita e pós-colheita (ceifeiras e colhedeiras manuais, debrulhadores e descasques de cereais e leguminosas ensacadores de grão).

“Os interessados devem dirigir- se às Estações de Desenvolvimento Agrário. Estas reúnem o processo para o Departamento Provincial do IDA, que encaminha para Luanda. O instituto é apenas o facilitador, faz a divulgação e negoceia com os empresários as modalidades do reembolso dos trabalhadores”, frisou.

Por sua vez, a directora do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas da Huíla, Mariana Soma, realçou que o projecto permite maior comodidade aos agricultores no processamento da produção e minimiza as perdas pós-colheitas.

Referiu que a tecnologia agrega valor ao trabalho, uma oportunidade das famílias poderem efectuar em pouco tempo a colheita, o ensacamento da produção e condicionar melhor os restos da colheita para aproveitar no consumo do gado ou para a fertilização orgânica.

O projecto, numa segunda fase, contempla associações, cooperativas, grupos solidários e produtores individuais com estrutura organizativa e de gestão funcional, cujos requisitos passam por ter a capacidade de pagamento do crédito, ter experiência de trabalho e manuseamento comprovado de pequenos equipamentos como motorizadas, motobombas, motorizados, entre outros.

Para além da Huíla, a equipa do IDA já passou pelo Cuanza-Sul, Bié e Huambo, onde se procedeu à presentação do projecto da Brigada Mecanizada de Equipamentos Agrícolas para a Colheita.