A pesquisa de mais de 120 mil pessoas de 53 países pelo think tank e pela empresa de dados alemã Dalia Research descobriu que, mesmo em países democráticos, 45% das pessoas pensavam que os seus governos haviam limitado muitas liberdades durante a pandemia.
“A Covid-19 também é um teste decisivo para a democracia”, disse Anders Fogh Rasmussen, presidente da Alliance of Democracies Foundation e ex-secretário-geral da OTAN.
“Deve servir como um alerta para os líderes democráticos de que as pessoas querem mais democracia e liberdade após a Covid-19”, disse ele.
Mais de 60% das pessoas pesquisadas pensaram que a China havia respondido bem à pandemia, enquanto apenas um terço ao redor do mundo achou que a resposta dos EUA havia sido eficaz. Porém, pouco mais da metade dos entrevistados nos Estados Unidos achou que o seu governo havia respondido bem.
A pesquisa constatou que a maioria dos chineses pensa que os Estados Unidos têm uma influência negativa na democracia, globalmente.
Grécia, Taiwan, Irlanda, Coreia do Sul, Austrália e Dinamarca foram os países onde as maiores proporções de pessoas disseram que os seus governos responderam bem à crise. Pessoas no Brasil, França, Estados Unidos, Itália e Reino Unido sentiram que os seus governos lidaram mal com a situação.
Separadamente, o estudo mostrou que a maioria do mundo pensa que é provável ou um pouco provável que uma potência estrangeira influencie os resultados da sua próxima eleição.
Os dois países que menos se preocuparam com a interferência estrangeira foram a China e a Rússia. Antes das eleições presidenciais dos EUA, em Novembro, 55% dos americanos pensam que a interferência é muito ou um pouco provável.