“Angola regista 91 casos de Covid-19 nas últimas duas semanas”

“Angola regista 91 casos de Covid-19 nas últimas duas semanas”

Franco Mufinda, que falava durante a apresentação do balanço diário sobre a pandemia no país, no auditório das Edições Novembro, em Luanda, esclareceu que os três casos positivos registados no período em referência são de transmissão local, entre os quais duas são profissionais de saúde da clínica Multiperfil.

Entretanto, o primeiro caso é de um cidadão angolano de 37 anos de idade, morador do Kilamba Kiaxi. O segundo é de uma profissional de saúde da Clínica Multiperfil, de 35 anos de idade, moradora no município de Belas, e a terceira uma sua colega mais nova, de 27 anos de idade, moradora na Maianga.

Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública, os mesmos já se encontram nos centros de tratamento a serem assistidos.

Quanto aos seus contactos e contactos dos seus contactos, Franco Mufinda garantiu que os mesmos estão a ser localizados pela equipa de resposta rápida, sendo que os localizados por essa altura já foram encaminhados no centro de quarentena institucional, onde deverão permanecer até durar o tempo de incubação do vírus e serem testados.

Com estes dados, a estatística indica 189 casos confirmados, dos quais 10 óbitos, 77 recuperados e 102 activos. A transmissão local conta com 124 casos e existem nove acasos com o vínculo epidemiológico desconhecido.

“Outro sim, informamos também que nas duas últimas semanas tivemos, portanto, um aumentar de casos, uma vez que antes eram por aí 45, na semana antepassada subiu 48 e nas duas últimas semanas, por exemplo, acabamos por ter 91 casos”, revelou.

Entretanto, disse que estas duas semanas preocupam, porque têm casos que merecem ser estudados.

Em relação ao laboratório, Franco Mufinda fez saber que o país tem um corte de 21.872 amostras colhidas, sendo 189 positivas e 16.907 negativas, sendo que o restante encontra- se em processamento.

“Nas últimas 24 horas conseguimos processar 381 amostras, das quais três foram positivas”, salientou Franco Mufinda.

O secretário de Estado para a Saúde Pública informou que o Instituto Nacional de Investigação em Saúde retomou, ontem, a sua actividade, depois da sua descontaminação.

Mais de 1.500 pessoas observam quarentena institucional

Por outro lado, Franco Mufinda disse que 1.065 pessoas observam quarentena institucional em todo o país e que, nas últimas 24 horas, nove pessoas receberam alta, sendo sete na província de Luanda e Bié e Lunda-Norte com uma cada.

Fez saber que os casos suspeitos investigados são 515, enquanto os contactos sob investigação chegam 1.359 pessoas.

O Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), nas últimas 24 horas, recebeu 57 chamadas, das quais quatro foram denúncia de violação do e estado de calamidade pública, dois alertas de casos suspeitos de Covid-19 e 51 de pedido de informação sobre o vírus.

O governante disse ainda que ontem chegou ao país equipamento hospitalar e material de bio-segurança provenientes da China, uma aquisição do Executivo angolano.

Contou que continua a formação de agentes de educação e informação na comunidade, em parceria com as igrejas e grupos juvenis. Por outro lado, garantiu que continuam a distribuição de materiais bio-segurança no país.

“A nossa equipa encontra-se ainda na província do Cuanza- Norte, onde continua a realizar trabalhos no capítulo de formação, vigilância epidemiológica laboratorial e gestão de casos”, disse.

Rastreio de casos de doenças respiratórias agudas vai continuar

Franco Mufinda disse que vão continuar o rastreio de casos de doenças respiratórias agudas que vão aparecendo nas unidades sanitárias, com o fito de poder descartar um caso ou outro que tenha a ver com a Covid-19.

Franco Mufinda apelou ao evitar aglomerações populacionais, porque estas ajudam na propagação do contágio. Entretanto, disse que se deve optar por higienizar as mãos, bem como o uso das máscaras.

De recordar que o novo Coronavírus (SARS-CoV), responsável pela pandemia da Covid-19, surgiu na China em Dezembro de 2019. O surto espalhou-se pelo mundo e já vitimou centenas de milhares de pessoas, tendo levado a Organização Mundial da Saúde (OMS), a declarar uma situação de pandemia global.