O nióbio é um dos minerais mais raros do mundo, usado no fabrico de turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, indústria electrónica e centrais eléctricas. O mineral é também usado para a produção de ligas de aço ou supercondutores.
Para a sua exploração, uma sociedade mineira está a investir USD 100 milhões na denominada concessão de Quilengues, numa extensão de 160 quilómetros quadrados, no complexo Carbonatito de Bonga e Tchivira.
Em declarações à Angop, ontem, o administrador local informou que o projecto de exploração está a cargo da uma empresa chinesa, denominada Sociedade Niobonga, que trabalha em parceria com a Ferramgol.
O processo de prospecção do mineral permitiu a recolha das amostras que confirmaram a qualidade do minério, já certificada pelas autoridades da província da Huíla.
Segundo o administrador, tendo em conta que a exploração já foi autorizada em Decreto Presidencial, e finda a prospecção, há condições para começar a operação no segundo semestre.
Sublinhou haver capacidade técnica e humana do investidor e da empresa de exploração para avançar com o projecto nesse período.
Com a sua implementação, a autoridade prevê melhorias nas condições sociais da população daquela região da Huíla.
O minério é tão raro que apenas o Brasil detém as maiores e praticamente únicas reservas mundiais de nióbio, segundo dados oficiais, na ordem de 842,46 milhões de toneladas, espalhadas por Minas Gerais, Amazonas e Goiás.