Editorial: Apenas vítimas

Editorial: Apenas vítimas

Os dois lados dizem-se vítimas na disputa pelo património (incluindo fiéis) da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola. Os dois lados têm as suas listas de queixas e de acusações.

Agora temos (e isso não é novidade) a parte brasileira e atacar órgãos de comunicação social angolanos. Foi sempre assim, uma intolerância tremenda a notícias contrárias aos seus interesses.

Talvez seja a igreja que mais processos moveu, pedindo indeminizações (sempre o dinheiro) contra órgãos ou jornalistas angolanos. Não é um bom caminho.

A igreja deve respeitar a liberdade de imprensa e buscar usá-la para passar a sua mensagem, a sua comunicação além dos canais que detém ou paga. Mas não deixa de ser curioso como, perante um problema previsível, talvez até anunciado, de repente cai por terra toda a encenação “milagreira”, dos dois lados.

Dê no que der, a IURD, se continuar com este nome em Angola, não voltará a ser a mesma coisa. O que se espera é que o novo caminho seja de seriedade.