Suzy Menkes está de saída da Vogue, segundo um comunicado divulgado esta Quarta-feira à tarde pela empresa que detém a publicação, a Condé Nast International. Aos 76 anos, e no cargo de editora da Vogue Internacional desde 2014, a veterana do jornalismo de moda tem saída marcada para Outubro, depois da temporada de desfiles de primavera-verão 2021.
“Aproveitei cada momento como editora na Vogue Internacional e orgulho-me de tudo o que conquistei na empresa. A actual situação global proporcionou-me, como a todos nós, um momento de pausa e reflexão. Está na altura de partir para uma nova aventura, que aguardo ansiosamente”, afirmou a jornalista britânica em declarações ao Business of Fashion.
À semelhança de outros vultos da indústria, Menkes já fez saber que continuará a produzir conteúdos sobre moda.
No comunicado que emitiu esta Quarta-feira, a Condé Nast International, proprietária de títulos como a Vogue, a GQ, a Vanity Fair e a The New Yorker, referiu ainda que a edição do próximo ano da Condé Nast Luxury Conference, organizada por Menkes há cinco anos, será cancelada, na sequência da saída da editora, mas também da pandemia de Covid-19.
Suzy Menkes está entre as mais respeitadas vozes do sector. Durante 26 anos, foi editora de moda do International Herald Tribune, cargo que deixou para integrar a equipa internacional da Vogue. Os seus textos, na maioria críticas de colecções, são publicados online e em 21 edições da publicação e traduzidos em 15 idiomas. Escreveu também para a T Magazine, do The New York Times.
A empresa em questão enfrenta agora o impacto da pandemia, marcado pela retracção do investimento publicitário e pelos cortes nos orçamentos de marcas e designers. Em Maio, só nos Estados Unidos, a Condé Nast dispensou uma centena de funcionários, já depois das reduções salariais anunciadas em Abril.
Em Abril de 2018, Suzy Menkes trouxe a sua Condé Nast Luxury Conference até Lisboa, e com ela nomes como Giambattista Valli, Maria Grazia Chiuri, Felipe Oliveira Baptista e Christian Louboutin. “A questão é: ninguém tem de levar uma vida miserável só porque faz roupa para os outros.