Kanguimbo Ananaz considera APPEC benéfica para os artistas e a cultura angolana

Kanguimbo Ananaz considera APPEC benéfica para os artistas e a cultura angolana

A poetisa, membro da Comissão Instaladora, que representa a área das artes plásticas e literatura referiu que os associados poderão pautar pela mudança de consciência, através do comprometimento que lhes serão incutidos enquanto membros.

A responsável considera que tais observâncias devam ser benéficas, por ver que irá incitar o auto-reforço, através do desempenho e dedicação.

“Acredito que a associação vai promover a mudança de consciência em cada um de nós, e, como artistas, no geral, temos de nos reencontrar. Falo por experiência própria. Sou membro da União dos Escritores Angolanos e tudo quanto usufruí é fruto da minha dedicação e responsabilidade. Por isso, se tivermos o empenho de todos, teremos uma classe mais desenvolvida e profissional. Aqui não há exclusão, mas sim congregação e afecto de todos, da arte e cultura”, considerou.

Trata-se de uma associação aberta e inclusiva, criada em Abril (18), apresentada na passada Quinta-feira, 9, pela Comissão Instaladora e congrega a área de moda e eventos, teatro, dança, música, cinema, fotografia, televisão, artes plásticas, literatura, prestação de serviços e locais de eventos, cujas actividades arrancam no próximo Domingo, 19.

Entre os objectivos da associação está patente a promoção, incentivo das relações entre os associados, de modo a efectivar o intercâmbio técnico e comercial, através da realização e apoio de encontros, reuniões, eventos, cursos, projectos e similares. Até ao momento possui mais de 3 mil membros, ao nível do país.

Kanguimbu realçou que sobre os estatutos da APPEC, consta o quesito responsabilidade, participação (pagamento das quotas e integração dos membros), regularização da situação fiscal, quanto aos produtores e promotores de eventos e outras empresas ou organizações.

Plano de acção

Pelo facto de a associação ser de carácter nacional, pretendem contar com a colaboração dos governos provinciais, bem como do Ministério da Cultura, Ambiente e Turismo. A poetisa disse que desejam andar por tudo que é Angola e para todos os lugares.

“Sabemos que existe um Ministério da Cultura, o de tutela. Naturalmente estamos com ele e não só. Sabemos que o país tem uma lei, e, como tal, devemos obedecer e queremos também o apoio nestas províncias. Essa interacção é enorme, porque a arte dá esse sabor, para que possamos cumprir cabalmente com aquilo que nos é incumbido, enquanto cidadãos”, perspectivou.

Avançou que irão também impactar ao nível das embaixadas angolanas, a questão da diplomacia, do ponto de vista cultural, ao nível do mundo, por haver muitos angolanos no exterior. Por isso, aconselhou as associações a se organizarem, “porque estamos a trabalhar de uma forma organizada. Quem ainda não possui a empresa organizada, pode mesmo pedir consultoria à APPEC. Ela vem para um ambiente sadio, no ponto de vista das artes. É a congregação das artes
no seu todo”.

Esperançosa quanto aos planos da associação acredita que vão fazer diferente, com o contributo de todos. “A arte para nós é responsabilidade, é amor, independentemente dos desamores. O que nos rodeia, desde o mar, a fauna e a flora é arte e o artista é formador de consciência, e, como tal, tem de saber estar e ser”, concluiu.