O administrador municipal adjunto para a área técnica do Lobito, Ernesto Carlócio, disse, ontem, que descarte de águas residuais por unidades hoteleiras e similares localizadas no bairro da Restinga, além da poluição da baía e do mar alto, representa um sério risco à saúde pública.
Segundo o governante, que fazia a apresentação do resultado de um levantamento feito recentemente a 31 unidades, verificou- se que o sistema de descarte tem causado danos ao ambiente, na medida em que a maioria delas usa fossas rotas e cépticas.
Ernesto Carlócio informou, à Angop, que apenas duas unidades possuem um pequeno sistema de tratamento de águas residuais, enquanto algumas unidades utilizam tubos subterrâneos com comprimento considerável para atingir o mar, ludibriando desta forma a fiscalização e os munícipes em geral.
Explicou que outras, detentoras de fossas cépticas, utilizam camiões de sucção para retirar os resíduos, mas descartam-no nos mangais da cidade.
O administrador adjunto disse que recentemente foi flagrado um tractor-cisterna a despejar águas residuais no mangal da Caponte, situação que foi imediatamente denunciada por transeuntes, através das redes sociais.
Esclareceu que antes de tomar medidas de acção correctiva, a Administração convocou os membros do conselho de auscultação para apreciarem algumas propostas e posteriormente darem a sua contribuição para melhoria dessa situação.
Entre estas, constam a construção de pequenas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) para posterior descarte ao mar e evitar a sua poluição.
As referidas ETAR deverão ser colocadas em lugares adequados ao novo sistema e os seus projectos de arquitectura deverão ser entregues à Administração num prazo indicado por esta.
Levantamento idêntico será feito nos próximos tempos em outros bairros do Lobito onde estão concentrados hotéis, restaurantes e bares, para corrigir as situações que estejam a funcionar à margem do sistema normal.