57 Instituições de Ensino Superior dispensam mais de 13.500 trabalhadores

57 Instituições de Ensino Superior dispensam mais de 13.500 trabalhadores

A Associação de Instituições de Ensino Superior Privadas Angolanas (AIESPA) esclarece, em comunicado de imprensa a que OPAÍS teve acesso, que os seus associados vêm-se obrigados a proceder deste modo por estarem desprovidos da sua única fonte de financiamento, as fracções mensais de propinas.

Diz que a situação agravou-se pelo facto de até ao momento não terem recebido quaisquer respostas concretas, por parte dos organismos do Estado, para as propostas que avançaram, tendentes a esbater os impactos negativos resultantes da pandemia da Covid-19.

AIESPA adverte que os trabalhadores não docentes por não terem qualquer actividade laboral, “irão certamente viver as mesmas dificuldades económicas e os mesmos problemas sociais relacionados com a saúde física e mental dos mais de 32% de angolanos que já se encontram actualmente no desemprego ou no sub-emprego”.

No entanto, garante que vão manter, enquanto for possível, apenas um mínimo de funcionários para se encarregarem do tratamento de questões de caracter administrativo já que, sem receitas, tornar-se-á impossível remunerá-los por tempo indeterminado.

Esta decisão saiu da última Assembleia Geral da AIESPA, realizada de urgência Terça-feira, 14, para analisar a situação, em função da suspensão das aulas por tempo indeterminado, anunciada dias antes pelo Governo, através do Decreto Executivo Conjunto nº 201/20, de 9 de Julho.

A AIESPA diz que as Instituições Privadas de Ensino Superior sentem-se forçadas à imperiosa de necessidade de assim proceder, face às dificuldades de tesouraria e a fim de evitar acumular mais dívidas, sem que, a curto prazo, se vislumbrem soluções tendentes ao reinício das actividades lectivas e académicas, através da utilização de metodologias alternativas.