Novo director do SIC promete baixar cifras criminais em Benguela

Novo director do SIC promete baixar cifras criminais em Benguela

O novo homem do SIC, que sucede no cargo a Francisco Mbuende, que cessa as funções de director-interino, se propõe a emprestar o seu saber científico para esclarecer, em tempo recorde, os crimes de sangue que venham a ocorrer na província de Benguela. 

“Nós, hoje, estamos alavancados numa situação criminal, que são os crimes de colarinho branco. Não vamos deixar de encetar as nossas medidas para esclarecer todos estes delitos”, prometeu. 

O sub-comissário de investigação criminal referiu que a sua acção em Benguela surtirá os efeitos desejados se tiver como parceiro primordial a Polícia Nacional, um órgão de suporte ao SIC. 

“Queremos estar sempre neste princípio de unidade. Somos um todo, somos um corpo…E todos juntos podemos combater a criminalidade, dentro daquilo que são os projectos do Executivo”, disse. 

Nomeado por Despacho Presidencial, sob proposta do ministro do Interior, Eugénio Laborinho, a 17 de Julho, o novo director do SIC já exerceu as mesmas funções na província do Cuanza-Norte, depois de ter passado pelo Departamento Nacional de Drogas da extinta DNIC. 

Questionado pelo OPAÍS se dos processos que “herda” haveria algum dossier que, dada à natureza, requeresse alguma atenção especial, o sub-comissário Francisco Constantino respondeu que “não”, adiantando que o tratamento diferenciado de um comprometeria, em grande medida, o combate à criminalidade. 

“Se nós partirmos do princípio de que devemos direccionar a nossa acção a um crime específico, não vamos combater o crime. As atenções têm de estar viradas a tudo que é criminalidade”, ressalta o responsável, manifestando-se consciente do quadro de criminalidade em Benguela. 

A pessoa a quem sucede, superintendente- chefe de investigação criminal Francisco Mbuende, foi nomeado director provincial do Serviço de Investigação Criminal do Cuanza-Sul. 

O delegado provincial do MININT, comissário Aristófanes dos Santos, alertou ao responsável para a complexidade do que é dirigir determinados sectores em Benguela, porquanto, segundo argumentou, a região é tão complexa quanto Luanda, a capital do país. 

“Benguela, a seguir a Luanda, é das províncias mais complexas. Se calhar por estar ligada à capital por ar, mar e terra”, frisou o oficial comissário. 

Segungo Aristófanes dos Santos, os problemas de Luanda, embora não na mesma dimensão, assemelham- se aos de Benguela. De tal sorte que pediu ao novo director que se dedique, com todo o saber científico de que disponha, à direcção de tão importante serviço, que é a investigação criminal. 

“É um dos pilares mais importante do nosso ministério e um dos mais importantes da própria governação do país, do ponto de vista da prevenção, do descobrimento da actividade criminosa”, considerou. 

O comissário Aristófanes dos Santos advertiu que um dos requisitos para melhor dirigir em Benguela é, efectivamente, ter compromisso com o Estado e não com as pessoas. 

“É preciso que mantenhamos os níveis ou melhoremos os níveis de segurança pública. E, para tal, é preciso que haja unidade, respeito e consideração à população, respeito pelos direitos fundamentais de todos. Acredito que não teremos dificuldades de fazer o trabalho que temos vindo a fazer até agora”, realçou, tendo, igualmente, manifestado satisfação pela ascensão de Abílio Mbuende. 

Com lágrimas a “visitarem-lhe” os dois cantinhos dos olhos, o director-interino cessante, Abílio Mbuende, agradeceu o carinho dos inspectores com quem trabalhou durante um ano. 

Constantino Eduardo, em Benguela