Taiwan elevará gastos com defesa, e China detalha exercícios de combate

Taiwan elevará gastos com defesa, e China detalha exercícios de combate

A China intensificou sua actividade militar perto de Taiwan, que considera uma província separatista. Taiwan disse que caças chineses cruzaram brevemente a delicada linha mediana do Estreito de Taiwan na segunda-feira, mesmo dia em que o secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar, se encontrou com a presidente Tsai Ingwen em Taipé. Pequim criticou a viagem de Azar. O gabinete de Tsai está propondo 453,4 milhões de bahts tailandeses em gastos militares para o ano que começa em Janeiro – um aumento de 10,2% em relação aos 411,3 milhões deste ano, de acordo com cálculos da Reuters.

“O aumento contínuo do orçamento de defesa facilitará a implementação de várias tarefas de fortalecimento militar e de preparação para guerra… e garantirá a segurança nacional e a paz e a estabilidade regionais”, disse o Ministério da Defesa de Taiwan. Cerca de três horas após o anúncio do orçamento, o Comando do Teatro Leste do Exército de Libertação Popular da China disse que, nos últimos dias, suas forças realizaram exercícios de combate no Estreito de Taiwan e ao Norte e Sul da ilha, dando a entender que estes visaram a viagem de Azar. “Recentemente, um certo país grande continuou a fazer gestos negativos a respeito de temas relacionados a Taiwan, enviando mensagens equivocadas graves a forças de ‘independência de Taiwan’ e ameaçando seriamente a paz e a estabilidade do Estreito de Taiwan”, disse.

“As patrulhas e exercícios organizados pelo comando do teatro são ações necessárias adoptadas em reação à actual situação de segurança no Estreito de Taiwan e para salvaguardar a soberania nacional”, acrescentou o comunicado. O Ministério da Defesa taiwanês disse que a situação é normal e que as pessoas não deveriam se preocupar. Tsai fez da modernização das Forças Armadas e do aumento dos gastos de defesa de Taiwan uma prioridade. O orçamento precisa ser aprovado pelos parlamentares, mas o Partido Democrático Progressista da presidente tem uma grande maioria no Legislativo, o que torna um veto improvável. A China jamais renunciou ao uso de força para submeter Taiwan a seu controlo, e critica os EUA por venderem armas à ilha. Washington é obrigada por lei a proporcionar a Taiwan os meios para se defender.