Num um vídeo publicado no YouTube, Tsikhanouskaya, que está na vizinha Lituânia, também pediu aos apoiantes que exijam uma investigação oficial sobre as alegações de que a votação de Domingo foi fraudada.
Também nesta Sexta-feira, o governo começou a libertar milhares de manifestantes detidos em meio a uma repressão violenta depois de emitir um pedido de desculpas raro na tentativa de apaziguar os protestos de âmbito nacional, que actualmente representam a maior ameaça ao presidente Alexander Lukashenko nos seus 26 anos no poder.
Ao menos dois manifestantes morreram, e cerca de 6.700 foram detidos na operação repressiva.
Mas uma nova ronda de protestos começou, na manhã desta Sexta-feira, quando pessoas formaram cadeias humanas na capital, Minsk, e a pressão exterior contra Lukashenko cresceu.
Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia deveriam realizar uma reunião de emergência ainda ontem para debater possíveis sanções novas.
Ursula von der Leyen, a chefe da Comissão Europeia, o Executivo do bloco, tuitou: “Precisamos de sanções adicionais contra aqueles que violaram valores democráticos ou abusaram dos direitos humanos na Bielorrússia. Tenho confiança de que o debate de hoje dos ministros das Relações Exteriores da UE demonstrará o nosso apoio firme aos direitos do povo da Bielorrússia a liberdades fundamentais e à democracia”.
A chanceler alemã, Angela Merkel, exigiu a libertação incondicional e imediata dos manifestantes detidos, disse o seu porta-voz.
Segundo uma citação da agência de notícias oficial BelTA, o chanceler bielorrusso, Vladimir Makei, disse nesta Sexta-feira que o seu país está pronto para um “diálogo construtivo e objectivo” com os seus parceiros estrangeiros no tocante a eventos ligados à eleição presidencial e seus desdobramentos.
Num vídeo, Tsikahnousakaya pediu diálogo e protestos pacíficos. “Precisamos deter a violência nas ruas das cidades bielorrussas. Conclamo às autoridades a detê-la e a iniciar o diálogo.”
“Peço aos prefeitos de todas as cidades, em 15 e 16 de Agosto, para agirem como organizadores de reuniões em massa pacíficas em cada cidade grande ou pequena”, disse.
Manifestantes dizem que o facto de Lukashenko ter obtido oficialmente 80% dos votos mostra que a eleição foi profundamente manipulada.