Combate à pobreza no Icolo e Bengo agrada entidade fiscalizadora

Combate à pobreza no Icolo e Bengo agrada entidade fiscalizadora

O grupo técnico de acompanhamento do PIDLCP, no âmbito das visitas de constatação da implementação do projecto, constatou no município de Icolo e Bengo a existência de duas escolas de sete salas cada uma e três casas para professores, uma T2 e duas do tipo T3.

As infraestruturas estão concluídas e equipadas, faltando apenas a conclusão das duas casas para professores de três quartos. Foi ainda observado o sistema de biossegurança implementado nas escolas do município, bem como o projecto agrícola e a cooperativa que vai assegura-lo.

O director municipal da agricultura, pecuária e pesca, do Icolo e Bengo, João Domingos, explicou que a área de cultivo contempla 20 hectares, entre os quais 20 blocos e cada um conta com quatro talhões, o que significa que serão beneficiadas 80 famílias.

Cada família terá uma parcela que será alimentada com plantas produzidas no viveiro da cooperativa, numa primeira fase, com hortícolas diversas e, posteriormente, milho. Prevê-se colher 140 toneladas de hortícolas diversas e 40 toneladas de milho.

A cooperativa tem cerca de 150 membros e numa primeira fase vai beneficiar 80 famílias e o resultado vai facilitar o aumento da parcela de terra para outros membros que ainda não beneficiaram.

De modo a garantir a sustentabilidade do programa, os camponeses receberam sementes, fertilizantes, moto-bombas e no local fizeram a abertura de furos para irrigação das plantações.

Municípios devem criar e fazer acontecer

Por seu turno, o chefe da equipa nacional do grupo técnico encarregue de acompanhar a implementação dos projectos desenvolvidos à margem do PIDLCP, Miguel Pereira afirmou que o programa desenhou objectivos específicos.

 Mas, ainda assim, é preciso que cada município em função dos recursos que estão a ser disponibilizados devem, efectivamente, de acordo com a realidade da sua localidade haver alguma criatividade e fazer com que as coisas aconteçam, “isto foi constatado no Icolo e Bengo”. Pelo facto, afirmou que o município do Icolo e Bengo, está no caminho certo, tendo em conta que actualmente a grande preocupação é aproveitar o máximo onde é possível, o que tem a ver com a terra e água, no sentido de desenvolver algum bem.

 Entretanto, o problema é acudir a fome, “a boa vontade que a cooperativa demostra, não vai apenas ajudar os integrantes como também outras famílias, que precisam das culturas. Pelo facto pretendemos que apareçam mais cooperativas iguais a existente no município, de modo a que todos juntos possamos vencer o grande desafio actual “a fome no país”.

Novembro começa a primeira colheita do projecto agrícola

 No final da visita, o administrador municipal de Icolo e Bengo, Miguel de Almeida, fez saber que algumas das acções que ainda estão a ser implementadas, como a construção e apetrechamento das duas casas para professores, na comuna de Cassoneca, povoação do Zenza do Golungo, as obras terminam em Novembro do ano em curso.

No mesmo período termina o projecto de inclusão produtiva da cooperativa Sacrifício, que por sinal as primeiras sementes foram lançadas na última Sexta-feira, no chão, pelo que as primeiras colheitas estão também para Novembro.

Quanto às preocupações apresentadas pelos camponeses, Miguel de Almeida explicou que algumas acções serão resolvidas por via de outros programas, sendo que no quadro das propostas elaboradas para o orçamento 2021, serão incluídos projectos de terraplanagem, para melhorar o acesso nas comunas e, sobretudo, nas zonas produtivas, para facilitar o escoamento do que se produz.

Contudo, conseguiram terraplanar 32 quilómetros da via Maria Teresa – Caquengue, o mesmo trabalho será feito no troço que vai à povoação do Sacrifício, onde se encontra a cooperativa com o mesmo nome, assim como no troço que sai da cadeia de Cabembeia até Tonha Xiri e Zenza do Golungo.