Executivo da EU não sinaliza novas sanções contra a Rússia por “Caso Navalny”

Executivo da EU não sinaliza novas sanções contra a Rússia por “Caso Navalny”

Líderes da EU não douraram a pílula ao expressar o seu repúdio pelo suposto envenenamento de Navalny, e são crescentes os clamores para se punir a Rússia pelo uso do produto tóxico de estilo soviético, a mesma substância que o Reino Unido disse ter sido usada contra um agente duplo russo num ataque na Inglaterra, em 2018.

O porta-voz da Comissão Europeia, Peter Solano, disse nesta Quinta-feira, que não existe nenhuma investigação sobre o caso Navalny, por ora, que a Rússia precisa realizar um inquérito independente para levar os perpetradores à Justiça e que o bloco reagirá com base nas medidas de Moscovo.

“Não é normal, não é aceitável que alguém seja sujeito a uma tentativa de assassinato com um agente químico de grau militar e que não deveria estar amplamente disponível e a circular na nossa sociedade, ou na sociedade russa”, disse. Stano acrescentou que o bloco das 27 nações já iniciou conversas sobre como reagir e que o histórico russo de investigações de assassinatos anteriores de críticos proeminentes do Kremlin, como Anna Politkovskaya, Sergei Magnitsky ou Boris Nemtsov, é ruim.

“Queremos ver uma investigação crível, minuciosa, que traga respostas claras a todas as perguntas que este caso trouxe ao público russo e ao público europeu.” “É difícil você falar em punição se você não tem os responsáveis a esta altura.”

A EU exige unanimidade de todos os seus 27 países- membros para impor sanções, já activou tais medidas restritivas contra Moscovo por causa dos tumultos na Ucrânia. O bloco puniu os sectores russos de energia, finanças e armas, depois que Moscovo anexou a Crimeia da Ucrânia, em 2014, e passou a apoiar rebeldes que combatem tropas de Kiev no Leste do país.-