Editorial: Quase normalidade

Editorial: Quase normalidade

As medidas anunciadas ontem, depois de um encontro do Conselho da República, dirigido pelo Presidente João Lourenço, evidenciam um regresso à normalidade em termos de circulação e o retorno de determinadas actividades profissionais em vigor a partir de hoje em todo o território nacional.

Com o aumento da circulação automóvel por parte das empresas do sector rodoviário, o retorno das aulas no próximo mês e a extensão de várias actividades empresariais estamos certos de que haverá, igualmente, uma maior movimentação de pessoas nas escolas, empresas e até nas confissões religiosas.

Esta quase normalidade festejada é feita num período em que se assiste, em alguns países, uma segunda vaga de casos de Coronavírus. O que tem obrigado a um novo confinamento para se travar o ímpeto da doença, até mesmo em países mais desenvolvidos.

O momento económico em que vivemos não permite a manutenção de algumas das medidas levantadas e outras flexibilizadas pelas autoridades. Porém, ainda assim é prudente que se mantenha a população vigilante sob pena de voltarmos às restrições se se notar um aumento significativo de casos. Não se pode perder o foco, principalmente agora que teremos nas escolas, ruas, nas lojas e centros comerciais mais pessoas a circularem. Desde ontem que passamos a fasquia das três mil infecções. Pouco menos de um terço dos 10 mil casos estimados para o nosso país pelas autoridades locais.