Editorial: Sempre a Sonangol

Editorial: Sempre a Sonangol

Cada vez que um responsável da empresa ou governante se pronuncia sobre a Sonangol, a então galinha dos ovos de ouro das últimas três décadas do país, duras realidades são oferecidas para que os angolanos engulam em seco. A sucessão de acontecimentos e informações hoje saídas dos subsolos dos arquivos dificilmente serão digeridas.

Não há combustível suficiente nem preços altos, caso um dia voltem a ocorrer, conseguirão sanar os estragos causados à empresa, justificando a cada dia que passa uma investigação profunda para que se perceba a dimensão do poço em que as antigas administrações colocaram a Sonangol.

Acossados nos últimos tempos por acusações e informações de todos os cantos, incluindo da antiga gestora Isabel dos Santos (também ela acusada de se ter desviado fundos para fins particulares), ontem o actual Presidente do Conselho de Administração, Sebastião Pai querido Martins, veio a público dizer que, 18 anos depois, a empresa tem as contas em dia.

Os próximos tempos providenciarão, seguramente, uma maior percepção do que ainda pode ser decifrado naqueles dois edifícios existentes entre as ruas Rainha Ginga e a 1º Congresso.