o editorial: Reprodução humana assistida

o editorial: Reprodução humana assistida

P ode ter passado despercebido para muitos, mas a lei de reprodução assistida que a Assembleia Nacional se prepara para aprovar nos próximos tempos reveste-se de uma grande importância, porque vem para minimizar o sofrimento de mais de um milhão de cidadãos.

Apesar de existirem em Luanda e, talvez noutros pontos do país, instituições preparadas para atender os casais que procuram solução da procriação, a grande maioria se tem deslocado a países como a África do Sul, Brasil, Estados Unidos, entre outros, gastando rios de dinheiro na busca do filho pretendido. Como frisou um governante angolano, o diploma vai à apreciação do Conselho de Ministros e a posteriori ao Parlamento, e “pretende reduzir em 55 por cento a evacuação de casais com esse problema para o exterior do país e poupar recursos financeiros”.

Até hoje, o que se procura saber são as razões que fizeram com quem uma legislação do género demorasse tanto tempo, apesar das reclamações dos cidadãos. Como garantiu o secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, “o país já dispõe de quadros e infra-estruturas hospitalares para dar suporte a este instrumento”.