Editorial: PIIM e o optimismo governamental

Editorial: PIIM e o optimismo governamental

São tantas as esperanças depositadas ao Programa Integrado de Intervenção aos Municípios (PIIM), um dos principais cartões-de-visita do consulado de três anos do Presidente João Lourenço, que faz com que os futuros beneficiários questionem sobre a sua concretização.

Criado com base em receitas saídas do Fundo Soberano de Angola, que servia para satisfazer também os apetites financeiros de alguns gestores desta instituição, as receitas foram aplicadas nos sectores da saúde, educação, construção e obras públicas, infra-estruturas administrativas, estradas, energia e águas, segurança e ordem pública, urbanismo e saneamento básico.

O ministro de Estado da Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, garantiu, ontem, no Parlamento, que os resultados do projecto são encorajadores, por representarem 79 por cento dos projectos em curso, avaliados em mais de dois mil milhões de Kwanzas.

Apesar deste optimismo, as preocupações continuam em relação ao acompanhamento e a fiscalização dos projectos. Tornando-se imperioso que o Executivo, a sociedade civil e outros organismos se mantenham atentos para que o país não seja outra vez defraudado por empreiteiros e fiscais desonestos.