Editorial // Não baixar a guarda

Editorial // Não baixar a guarda

O mundo tem sido brindado com informações esperançosas sobre a descoberta de várias vacinas e o início de processos de vacinação a entrar em andamento nos próximos dias na Europa ocidental, América e Rússia. Parece que o período de sufoco vem sendo substituído pela expectativa compreensível em situações do género.

Entretanto, com esse alento, também surgem alertas perigosos sobre o que poderá acontecer, tendo a IBM e a Interpol alertado para a intervenção de hackers na obstrução das cadeias logísticas. Outra abordagem que preocupa, sobretudo os países mais pobres tem que ver com a prioridade a dar a que países, sabendo-se que os mais ricos já vinham dando sinais de que “açambarcariam” a produção das vacinas, como aconteceu com a venda de máscaras faciais.

Na definição das prioridades os países mais pobres certamente ficaram na cauda das prioridades, falando-se mesmo que só em dois, três anos a África poderia vacinar uns 90 por cento da sua população. Como têm reiterado especialistas em saúde, ainda que as vacinas sejam disponibilizadas haverá necessidade de se continuar a observar as actuais medidas de prevenção. Por tudo que sabe à volta da vacina, o melhor mesmo é não baixar a guarda.