o editorial: Corrupção na Huíla

o editorial: Corrupção na Huíla

Mais do que um problema resultante das dificuldades económicas e sociais por que passam inúmeras personalidades no país, a questão da corrupção para alguns tornou-se mesmo uma forma de vida. Os vários anos em que o país foi atirado para este abismo, sem precedentes, transformou determinados gestores públicos em autênticas aves de rapina que não olham a meios para poderem saciar o desejo ardente de amealharem um pouco mais.

Não importa os meios, nem as consequências, porque apenas os zeros a mais nas contas bancárias contam. Depois da prisão há dias de alguns agentes e oficiais da Polícia Nacional, efectivos das Forças Armadas Angolanas, no dia 19 foi a vez do chefe de departamento de Saúde Pública e Controlo de Endemias na Huíla, Hélio Chingala, ter sido detido por vender exames falsos de Covid-19.

Não há explicação possível para alguém que era suposto fazer parte da chamada linha da frente criar condições para que se altere a situação sanitária no país. Mesmo sem estar infectado, se assim for, certamente que merece um tratamento de choque pior do que aqueles a que são submetidos os pacientes com a Covid-19.