Coronel encontra caixão à porta da sua casa na catumbela

Coronel encontra caixão à porta da sua casa na catumbela

A província de Benguela despertou com uma dose de misticismo a pairar no ar, a julgar pelo facto inusitado ocorrido no município da Catumbela, em casa de um cidadão, onde foi encontrado um caixão. Dentro do caixão, havia uma carta, contendo mensagem dirigida a uma cidadã com o seguinte teor: “NELIDA,.. sabes quem somos, sabes onde nos encontrar. Não adianta nos fugir. Do mesmo jeito que nos procuraste e para mandar matar seu pai, sua mãe, seu irmão, vamos buscar tudo que é nosso.

É nosso e que está contigo na sua casa”. Informações avançadas apontam que a Nelida é a esposa do coronel. O regedor municipal de Benguela, Domingos Chindule “soba Chico”, e as autoridades levaram o caixão à Kalahanga, onde está localizada a Ombala, no município da Baia-Farta. Segundo testemunhas, a intenção de levar o objecto foi justifi cada pelo facto de ser naquela locaidade onde, geralmente, se fazem rituais para se identifi car pessoas por detrás de determinadas “minas tradicionais”. “Vai se saber depois de dois dias e eles dirão a resposta”, soube-se. De facto inusitado não é tudo.

Segundo soube este jornal, em Benguela, concretamente na zona B, vários bairros estavam a ser assolados por um registo diário de incêndios. Testemunhas oculares explicaram a este jornal que o fogo defl agrava apenas no quarto, consumindo haveres dos moradores. Os bombeiros eram periodicamente accionados. Impotente, aquele órgão do Ministério do Interior não encontrava explicação para tamanho mistério.

Face à manifesta incapacidade das autoridades, o facto foi remetido ao regedor municipal, Francisco Chindule ‘Soba Chico’, que se socorreu do costume para dar solução ao caso. “Os fogos eram mandados por uma senhora, mas já não vai mais acontecer, porque já foi apanhada”, garantiu. Dito e certo. Hoje, os moradores do 4 de Abril e do 11 de Novembro não foram apoquentados por aquele mal tradicional.