Depois do descarrilamento da composição do comboio de combustível que transportava 480.000 litros de gasóleo para malanje, ocorrido na passada Sexta-feira, numa localidade que fica a 10 quilómetros da estação do Lucala, as equipas técnicas do Caminho de Ferro de Luanda trabalham no local para repor a circulação dos comboios para Malanje
Até ao momento, segundo Augusto Osório, do GCII dos Caminhos de Ferro de Luanda, ainda não é possível avançar com uma data provável para a reposição da circulação ferroviária para Malange e as perdas provocadas pela paralisação do serviço estão estimadas em 7.589.307.00 de Kwanzas por semana.
Os trabalhos têm-se centrado em dois eixos principais, sendo o primeiro na transferência do combustível das cisternas tombadas para outras, operação que exige o máximo de cuidados para evitar que haja mais derramamento de gasóleo para o meio ambiente.
Segundo, no carrilamento das restantes seis cisternas que não tombaram. Ontem, os técnicos começaram a retirada dos vagões-cisterna tombados do penhasco em que se encontram, para recolocá-los na linha férrea, com recurso a utilização de gruas e outro material de apoio pesado.
“Por se tratar de um local cuja geografia apresenta um cenário acidentado, as dificuldades que a utilização de equipamentos passados requer tem atrasado o bom ritmo que se deseja dos trabalhos.
Em simultâneo, a comissão de inquérito que está a investigar as causas do acidente continua a trabalhar para determinar as causas e eventuais responsáveis pelo sucedido”, disse.
Este acidente aconteceu no ponto quilométrico 293+130, localizado na denominada zona vermelha de 215 quilómetros entre Zenza do Itombe e Cacuso, construída na segunda metade do século XIX e que não foi reabilitada.