PIIM em Benguela injecta mais de 500 novos postos de trabalho no mercado

PIIM em Benguela injecta mais de 500 novos postos de trabalho no mercado

O presidente da Associação dos Construtores de Benguela, empresário Carlos Cardoso, disse Quarta-feira, 20, em entrevista a OPAÍS, que a média de postos de trabalho criados pelos seus filiados, desde que iniciou a execução do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios(PIIM) varia de 15 a 20 

Carlos Cardoso considera o PIIM um ambicioso e “extraordinário” projecto do Governo, advertindo, porém, ser necessário inverter o quadro em relação aos atrasos nos pagamentos das obras.

De acordo com Carlos Cardoso, há necessidade imperiosa de o Governo, com destaque para o Ministério das Finanças, trabalhar na questão dos pagamentos, de modo a que não se destrua os postos de trabalho até aqui criados, nem tão-pouco se condicione a criação de outros. Só a empresa dele, segundo disse, injectou 140 postos de trabalho.

“As empresas todas que estão a funcionar no PIIM, essencialmente aqui, em Benguela, todas elas empregaram, no mínimo, 10 trabalhadores novos, embora todas não tenham a mesma dimensão (…) Na Ganda, sem exagerar, entraram mais 6 empresas para escolas e várias fiscalizações. E as fiscalizações são quase todas com recrutamento novo”, diz.

Apesar de ter assinalado positivamente a criação de postos de trabalho, Carlos Cardoso refere que as empresas estão prestes a paralisar as suas actividades e a despedir pessoal por conta da falta de pagamentos, lamentando que o “PIIM deixou de cumprir com as suas obrigações”, porquanto há três meses que empresários não recebem o que lhes são devidos para dar outro impulso às obras de um projecto bastante ambicioso e extraordinário.

“O que começou bem está numa fase péssima. Não há empresa nenhuma que suporte salário sem receber”, disse. Entretanto, o também vice-presidente da Aliança Empresarial de Benguela considera o PIIM, de iniciativa do Presidente João Lourenço, um projecto “bonito”, na medida em que é fiscalizado, pelo próprio Presidente da República e, no seu ponto de vista, vai, de modo geral, conferir desenvolvimento, essencialmente, ao campo.

“Eu estou a falar a nível de consdr trução (terraplanagem, fundamentalmente), pois as estradas são, precisamente, para apoiar as populações. Beneficia a construção civil com empregos e vai ajudar a criar empregos junto do campo, dos agricultores”.

Crianças fora do sistema de ensino

A OPAÍS, o construtor, que é também executor de obras inseridas no âmbito do referido plano, salienta que um dos papéis destacáveis do PIIM é o facto de o mesmo estar a construir várias escolas que deverão absorver um número considerável de crianças fora do sistema normal de ensino.

“Vai pôr alunos dentro do sistema de ensino. O PIIM é um projecto bonito, é pena as pessoas não terem dado seguimento. O que a Presidência da República protagonizou, não é… Só que, por motivos que nós conhecemos, emperrou em qualquer sítio”, considera, para quem as coisas não estão a funcionar como se devia, porque, se assim fosse, “era a melhor coisa que poderíamos ter”. Por isso, sugere que o quadro seja invertido para a alegria dos empresários.

POR: Constantino Eduardo em Benguela