Jomo Fortunato sugere plano nacional de leitura

Jomo Fortunato sugere plano  nacional de leitura

O ministro da Cultural, Turismo e Ambiente, Jomo Fortunato, sugeriu, na Terça-feira, a implementação de um plano nacional de leitura no sistema de ensino angolano

 

Em entrevista à Televisão Pública de Angola, Jomo Fortunato disse que esse plano passa pela introdução obrigatória dos clássicos da literatura no ensino. Conforme o governante, o país tem grandes referências que podem ser estudados no âmbito do Plano Nacional de Ensino, entre os quais o poeta António Agostinho Neto.

Apontou, igualmente, os nomes de António Cardoso, António Jacinto, Cordeiro da Mata e José da Silva Maia Ferreira, que considera figuras incorporáveis de estudo obrigatório em Angola.

O ministro explicou que para isso funcionar é preciso haver livros de leitura obrigatório nas escolas. “É necessário haver livros de leitura obrigatória nas escolas, ter os alunos do ensino médio a terem a leitura como referência dentro e fora das salas de aulas”, disse.

Jomo Furtado disse que com o avanço das novas tecnologias de informação muitos jovens vão perdendo a prática da boa leitura, razão pela qual considera necessária a implementação da política.

Ler em um tablete, prosseguiu o ministro, não é a mesma coisa que ler um livro físico, pois a leitura num livro ajuda tanto na aprendizagem da escrita como na própria oralidade.

Noutro domínio, anunciou a pretensão de se implementar um projecto novo de revitalizar os espaços culturais que estão praticamente abandonados. No quadro desse projecto, perspectiva transformar o Palácio de Ferro em espaço de formação e entretenimento.

“Queremos o Palácio de Ferro como uma centro de referência cultural, onde o jovem encontrará tudo, desde a música, teatro dança e outras artes, bem como encontrar produtos culturais, ter tudo em um espaço de lazer e cultura. Para isso, Jomo Fortunato disse que será necessário começar por uma bilheteira acessível para todos, para todos tenham acesso aos espaços.

O ministro apoia a privatização do sector cultural no domínio das artes plásticas, música, teatro e dança. “Temos que discutir formas de privatização do sector cultural, entregar aos jovens a gestão das artes, queremos formar formadores para a gestão dos espaços culturais”, reforçou. Quanto ao Teatro Avenida, disse que o Ministério já reuniu com algumas pessoas ligadas às obras de restauração do espaço e que se for possível as obras retomam em breve.