Tribunal de Luanda suspende eleição de Artur de Almeida

Tribunal de Luanda suspende eleição de Artur de Almeida

Depois de o Tribunal Provincial de Luanda (TPL) ter julgado, ontem, procedente a providência cautelar de Norberto de Castro e a suspensão de todos os actos praticados pela Comissão Eleitoral da Federação Angolana de Futebol, o jornal OPAÍS ouviu dois comentadores para o ‘desporto-rei’, George Falcão e Joãozinho Maradona, que admitiram a possibilidade de Artur de Almeida e Silva recorrer.

George Falcão, que também é analista residente da Rádio Mais, disse que a decisão não vai trazer melhoria alguma, doravante tudo se irá encaminhar para a possibilidade da realização de um novo pleito, apesar de acreditar ser ainda possível emergir a figura do recurso.

“Havendo a possibilidade de eleições com a inclusão de Norberto de Castro talvez as coisas se compliquem para Artur de Almeida e Silva, que entraria quase que desgastado. Deste modo, poderá sair vencedora a verdade desportiva, contudo, com essa celeuma perde o futebol”, explicou.

O comentador revelou que a situação da Federação a cada dia se vai complicando, desportivamente os resultados são de certa forma catastróficos, contudo, administrativamente a situação é muito pior, com a polémica levantada após as eleições.

Aliás, George Falcão lembrou que é o tribunal competente não só para julgar como também para decidir, todavia, acredita que o ego tem suplantado largamente os interesses da própria modalidade. “Se for olhar para o actual estado de coisas facilmente poderia compreender que a Federação anda desgovernada e com a sentença agora proferida tudo certamente há-de piorar”, perspectivou.

Por sua vez, o antigo jogador do Progresso do Sambizanga, Joãozinho Maradona,agora nas vestes de comentador, espera que a comissão que está a dirigir os destinos da Federação Angolana de Futebol (FAF) possa convocar urgentemente uma assembleia-geral para ouvir os seus filiados sobre outros procedimentos a serem tomados, porque o mesmo defende que o órgão reitor não pode ficar sem “comando”.

“Penso que este efeito suspensivo poderá dar direito para que Artur de Almeida e Silva possa recorrer às instâncias superiores. Portanto, acredito que vamos estar aqui numa batalha de tribunais e é por aí que eu aventei a hipótese de que haverá a necessidade de uma assembleia-geral para pronunciamentos dos seus filiados”, reiterou o antigo futebolista. As eleições foram realizadas em Novembro do ano passado, onde Artur de Almeida e Silva venceu com 70 votos contra 59 de Nando Jordão, 28 de Tony Estraga e 8 de José Macaia.