As reservas Internacional Líquidas (RIL) registaram um ligeiro aumento, até Quinta-feira, estando cifradas em uSD 8 mil milhões, 496 milhões e 85 mil, passando a cobertura de 9,3 para 12,14 meses de importação de bens e serviços
No princípio deste mês de Janeiro, as RIL fixaram-se em 8 mil milhões, 662 milhões e 95 mil dólares para um período de 11,89 de importação. O governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, que falava à imprensa no quadro da reunião do Comité da Política Monetária (CPM), reunido nos dias 28 a 29, referiu que os membros apreciaram a evolução do programa de ajustamento para o regime de câmbio flexível, tendo destacado os resultados do saldo superavitário da Corrente da Balança de Pagamentos.
Tal resultado é reflexo do papel desempenhado pela taxa de câmbio na absorção do choque externo resultante da queda das receitas de exportação em cerca de 41%. Por outro lado, fez saber que as receitas de exportação caíram cerca de 41% e reduziu-se o
volume de importações de bens alimentares, com uma queda média na ordem de 40% em importação de alimentos que foram substituídos pela produção nacional.
O Comité destacou a redução do diferencial entre as taxas de câmbio praticadas nos mercados cambiais formal e informal de 22,97% em 2019 para 14,4% em 2020, bem como a eliminação da sobrevalorização artificial do Kwanza em relação às moedas dos principais parceiros comerciais de Angola, tendo o hiato da taxa de câmbio real efectiva se situado em torno do equilíbrio. “Em relação ao Kwanza, as notícias são boas. Tivemos desde 2018 um esforço de ajustamento, porque a moeda estava sobrevalorizada em torno de 70%, que tirava sentido à produção nacional, porque era mais barato importar”, disse. Por outro lado, o governador fez saber que o BNA acompanha a situação do Banco Kwanza, que corre os seus trâmites. “Foi feita a comunicação à PGR que tem um grupo a acompanhar o processo de devolução de depósitos que está a decorrer”, referiu.