África do Sul vai construir monumento em Luanda

Um monumento em memória dos combatentes sul-africanos, falecidos em Angola, vai ser construído em Viana (Luanda), anunciou o embaixador daquele país, Oupa Ephraim Monareng

O diplomata, acreditado em Angola, anunciou o facto à saída de uma audiência de cortesia, que lhe foi concedida pela vice-presidente do MPLA, Luísa Damião.

De acordo com o chefe da missão diplomática sul-africana, decorrem discussões com as autoridades angolanas, para acerto de pormenores ligados ao arranque do projecto de construção do memorial.

Guerrilheiros do Congresso Nacional Africano (ANC) estiveram em centros de acolhimento em solo angolano até a abolição do regime segregacionista do Apartheid, na África do Sul, em 1994.

O termo Apartheid refere-se a uma política racial implantada na África do Sul. A minoria branca detinha o poder político e económico do país, enquanto para a maioria negra restava a obrigação de obedecer a legislação separatista.

A política de segregação racial foi oficializada em 1948, com a chegada do Novo Partido Nacional (NNP) ao poder. O Apartheid proibia aos negros de adquirir terras na maior parte do país, obrigando-os a viver em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico.

Muitos dos militantes sul-africanos foram mortos em bombardeamentos da aviação do regime do Apartheid em solo angolano e outros por diversas outras causas.

O embaixador sul-africano disse ter avaliado com a vice-presidente do MPLA as relações de cooperação e camaradagem entre os partidos no poder, nos dois países. Oupa Ephraim Monareng considera essencial que o MPLA e o ANC fortaleçam as suas relações de amizade e solidariedade para o bem dos seus povos.

O diplomata admitiu a possibilidade de o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, visitar ainda este ano Angola. A data e os pormenores da visita do estadista a Angola está dependente de acertos diplomáticos, adiantou.

Angop