Campanha agrícola no Bié está salvaguardada

Campanha agrícola no Bié está salvaguardada

A garantia foi dada apesar da ausência de chuva que se verificou nos últimos dias, conforme assegurou à ANGOP o director local do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), Francisco Teve

Segundo o responsável, algumas culturas já estavam em risco de estragar, sobretudo o feijão e milho, mas as últimas chuva vieram dar outro alento. Disse que os camponeses já estão na primeira fase da colheita do feijão. Enquanto isso, o vice-presidente da União Nacional dos Camponeses Angolanos (UNACA), Eduardo Jonatão António, mostrou-se preocupado com as irregularidades das quedas pluviométricas que se registam na presente campanha agrícola, que, segundo ele, podem causar prejuízos incalculáveis.

Referiu que, dos poucos campos de produção agrícola visitados, verificou-se as culturas do milho, feijão e da soja como os mais afectadas, mas a situação voltou à normalidade com as últimas chuvas. Defendeu a necessidade de se relançar a horticultura escalonada, onde os recursos hídricos oferecem maior capacidade, através dos meios de irrigação.

Para esta campanha agrícola 2020/2021, a província estima colher 445 mil e 484 toneladas de produtos diversos do campo, mais 150 mil toneladas em relação à época anterior.Dentre as culturas a serem colhidas constam 221 mil e 299 toneladas de milho, 112 mil 454 toneladas de feijão, 95 mil 417 toneladas de batata-rena e doce, 16 mil e 314 toneladas de arroz, assim como hortaliças diversas.

Para o sucesso da campanha, o governo local apoiou com meios de trabalho mais de 100 mil famílias camponesas. Com uma extensão de 70 mil e 314 quilómetros quadrados, e uma população estimada em um milhão e 700 mil habitantes, maioritariamente camponesa, a província do Bié produz milho, feijão, mandioca, arroz, batata-rena e doce, ginguba, trigo, bem como hortaliças diversas.