Escolas da Estalagem com condições mínimas de biossegurança

Escolas da Estalagem com condições mínimas de biossegurança

O administrador municipal de Viana, Fernando Eduardo Manuel, realizou, ontem, visitas às escolas primárias do distrito urbano da Estalagem, para aferir as condições de biossegurança, tendo em conta o reinício das aulas da 1.ª, 2.ª, 3.ª, 4.ª e 5.ª classes do ensino primário. Na ocasião, constatou que umas escolas estavam melhores que outras

Fernando Eduardo Manuel afirmou que nas escolas no distrito da estalagem estão criadas as condições mínimas de biossegurança para o reinício das aulas, apesar de ainda não serem as melhores.

O coordenador da Educação no distrito urbano da Estalagem, Afonso António, que acompanhou a visita, explicou que a sua área tem 41 escolas públicas, entre as quais 15 do ensino primário. Quanto à situação de biossegurança a nível das instituições, afirmou que “não é tão aceitável, mas também não é tão má”. Contudo, os profissionais estão mobilizados e preparados para o reinício das aulas. As condições mínimas estão criadas, tendo em conta que em todas as escolas há água e sabão para higienizar as mãos, álcool em gel e termômetros, além de os pais terem sido informados de que as crianças devem apresentar-se com máscaras.

Segundo Afonso António, nas escolas em que não há água corrente o abastecimento é assegurado pela Administração Municipal.

Apesar da cifra de escolas que tem o distrito, o aumento de número de salas de aulas ainda representa uma das preocupações, já que ainda há muitas crianças fora do sistema de ensino. O facto agrava-se com a necessidade de carteiras nas escolas.

Na escola 11 de Novembro, por exemplo, localizada no bairro da Fofoca, constata-se um elevado risco de desabamento, pelo que não é aconselhável ser utilizada. Assim, os dois mil e 549 alunos matriculados na instituição serão transferidos para outros estabelecimentos de ensino.

De seguida, verão com os técnicos se é possível manter a infraestrutura ou tomar outras medidas como a demolição. “A escola primária n.º 5086 é muito importante para a população da zona, tendo em conta que é a única escola pública da localidade, por isso a administração irá rapidamente encontrar uma solução”, disse.

A administração estuda duas alternativas, sendo que uma delas é aumentar o número de turnos das escolas nas proximidades, e outra é adaptar um mercado que nunca chegou a funcionar para transformar numa escola provisória.

Na mesma região em que está localizada a escola, a população debate-se com diversos problemas sociais, sobretudo as inundações e a delinquência.

De lembrar que as aulas foram suspensas desde Março de 2020, por causa da Covid-19. Com o seu reinício no ensino primário, fecha- se o ciclo do calendário estabelecido pelo Executivo, através do Ministério da Educação (MED).

No quadro do retorno às aulas, os estabelecimentos de ensino foram obrigados a criar condições para o distanciamento físico entre os alunos e entre estes e o professor, não podendo, em caso algum, ser inferior a um metro e meio, bem como o uso obrigatório de máscara facial no interior do estabelecimento de ensino.

O regresso das aulas no ensino primário estava previsto para 26 de Outubro de 2020, tendo sido adiado, na altura, devido ao aumento de casos positivos no país.

No âmbito deste cronograma, elaborado pelo Governo, as aulas recomeçaram a 05 de Outubro, nas classes de transição (6.ª, 9.ª, 12.ª e 13.ª classes).

No ensino primário e Iº ciclo, as aulas têm a duração de 02h30, ao passo que no II ciclo do ensino secundário é de até 03h30.