Washington manifesta preocupação com investigação da OMS na China

Washington manifesta preocupação com investigação da OMS na China

Os Estados Unidos manifestaram “grande preocupação” com os primeiros resultados da investigação da Organização Mundial de Saúde (OMS) na China sobre a origem do novo Coronavírus. E pediram mais dados, revela a imprensa.

A resposta de Pequim à investigação que a OMS conduziu na China sobre a origem da pandemia não convence os Estados Unidos. A nova administração, agora com Joe Biden à frente da Casa Branca, manifestou Sábado “grande preocupação” com os primeiros resultados da investigação da sobre a origem do Coronavírus na China. E repetiu um apelo da OMS: a China tem de fornecer mais informações.

“Temos grande preocupação enquanto à forma como os primeiros resultados da investigação sobre a Covid-19 foram comunicados e questões quanto ao procedimento usado para conseguir chegar a eles”, declarou o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, em comunicado.

“Para perceber melhor esta pandemia e preparar a próxima, a China deve permitir o acesso aos seus dados sobre os primeiros dias da epidemia”, acrescentou.

O director da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse na Sexta-feira que, após a missão de especialistas na China, todas as opções estão em aberto para explicar a origem do novo Coronavírus, SARS-CoV-2, que causa a doença Covid-19.

“Quero confirmar que todas as hipóteses permanecem em aberto e requerem mais análise e estudo”, disse o responsável, depois de a missão de especialistas ter, numa conferência de imprensa, em Wuhan, descartado a hipótese de o vírus ter tido origem num laboratório.

Ghebreyesus disse que a equipa que foi à China “não encontrou todas as respostas, mas forneceu informações importantes” que permitem estar mais próximo “do conhecimento da origem do vírus”. O director da OMS explicou que a missão – formada por especialistas de 10 países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Rússia – divulgará um relatório preliminar da sua visita na próxima semana, que será ampliado nas próximas semanas e explicado numa nova conferência de imprensa dada pela equipa de especialistas. Ghebreyesus referiu que a missão – que contou também com especialistas da Organização Mundial da Alimentação (FAO, na sigla em inglês) e da Organização para a Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) – decorreu “em circunstâncias muito difíceis”.