Passados dezanove anos, após a sua morte, o fundador da UNITA, Jonas Malheiro Savimbi, foi relembrado, ontem, pelo seu partido, como um “nacionalista e fervoroso defensor da integridade territorial de Angola”.
Numa nota tornada pública, o Comité Permanente da Comissão Política da UNITA refere que relembrar a morte em combate de Jonas Malheiro Savimbi é refrescar a memória colectiva sobre o seu contributo por Angola e pelos angolanos, onde a dignificação do homem simples e a sua elevação a cidadão foi sempre a sua prioridade.
O Comité alega que, para Jonas Savimbi, a Pátria angolana esteve sempre em primeiro lugar e sem ela nada mais fazia sentido. Considera que, passados 19 anos após a sua morte, constata-se com imensa preocupação o retroceder das conquistas alcançadas para a concretização dos objectivos preconizados por Jonas Savimbi e por todos os patriotas, que são a paz, a liberdade, a democracia e o desenvolvimento, defendendo a “criação de uma frente patriótica para alternância do poder com o fito de se salvar o país amordaçado pela ditadura democrática”.
De acordo com o documento, a UNITA considera o dia 22 de Fevereiro como o ‘dia do patriota’, e avança que Jonas Savimbi agrega no seu percurso a liderança da luta do povo Angolano, na conquista do estado democrático e de direito e da economia de mercado.
Sublinha no comunicado que as suas reconhecidas e ímpares qualidades, destacando a “invulgar” capacidade de coordenação da acção político-militar, a administrativa e a diplomática, conquistaram admiradores e imensos seguidores e salienta que Savimbi concebeu uma Angola plural, na dimensão humana, social e cultural.
Afirma ainda que por consequência das suas causas, Jonas Savimbi foi vítima permanente de campanhas de diabolização.
A sua eliminação física foi um objectivo permanente dos seus inimigos, desde que ele fundou a UNITA, a 13 de Março de 1966, em Muangai, província do Moxico,.
Em 1961 militou na UPA e na FNLA tendo em 1964, no Cairo, rompido com a Direcção da FNLA por recusar a maneira como os dirigentes dos movimentos de libertação lideravam a luta a partir do exterior.
Entre 1964 e 1965, atesta a nota, Savimbi desenvolve uma intensa actividade de mobilização de apoios diplomáticos e recrutamento de seguidores, partindo para a China onde treina com mais 11 companheiros.