Laboratórios geocientíficos de Saurimo e Lubango entram em funcionamento este ano

Laboratórios geocientíficos de Saurimo e Lubango entram em funcionamento este ano

Se tudo correr como previsto, os laboratórios da Huíla e Saurimo serão inaugurados até Julho de 2021, perfazendo três estruturas a nível do país. A informação foi divulgada durante o fórum sobre a actual situação do Plano Nacional de Geologia, ontem, Quarta-feira,24

No seu discurso de abertura, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Geológico (IGEO), Canga Xiaquivuila, referiu que o PLANAGEO cumpriu até ao momento 66% da sua execução física do subprograma. O PLANAGEO tem como objectivo principal relançar, dinamizar e aumentar a contribuição fiscal do sector dos recursos minerais a nível do país, melhorar o conhecimento da geologia e o potencial dos recursos minerais, reestruturar, capacitar e apetrechar o Instituto Geológico de Angola.

“O Plano Nacional de Geologia é a primeira fase de prospeção, considerado como investimento de risco e conta com o investimento do Estado na ordem de USD 59 milhões e 416 mil.

Canga Xiaquivuila disse que o laboractório de Luanda já recebeu 9 mil 448 amostras de diversos mineiros e há um grande interesse de empresas multinacionais investirem no país. A instituição conta com equipamentos de última geração .

Por seu turno, o consultor técnico Ginga Pereira avançou que o Laboratório Geocientífico do Lubango será inaugurado em Abril deste ano, ao passo que o laboratório de Saurimo no mês de Julho.

O laboratório do Lubango, denominado Centro Tecnológico de Rochas Ornamentais de Angola (CETRO), vai permitir conhecer as propriedades físicas das rochas ornamentais do país, com o objectivo de alcançar a designação, certificação da origem e valorização do produto, internacionalizar a pedra natural nacional. O objectivo é conquistar mercados, apostar na inovação organizacional, tecnológica e produtiva para aumentar a produtividade e competitividade.

Segundo o responsável, no laboratório, serão realizados ensaios de descrição petrográfica, porosidade aberta, densidade aparente, resistência e fratura por impacto.

No que diz respeito ao laboratório de Saurimo, o responsável referiu que vai tratar e analisar amostras de material kimberlito e aluvionar para apoiar a prospeção e pesquisa de diamantes, inibindo a exportação destes serviços, assim como o dispêndio de divisas e tempo.

Pretendem igualmente dinamizar a investigação científica no âmbito das geociências, tal como o conhecimento exaustivo sobre a génese e proveniência dos diamantes, apostar na indústria diamantífera na região e garantir soberania no país.

Por outro lado, a infraestrutura vai potencializar o aproveitamento económico da mineralização associada ao diamante e diversificar a fonte de receitas.

Em relação à capacidade técnica, a infra-estrutura foi apetrechada com equipamentos de última geração, que permitem realizar análises físicas, químicas, e espectrais sobre amostras geológicas. Vai contar com 17 funcionários nacionais com diferentes níveis de formação, enquanto no laboratório do Lubango estarão disponíveis 13 técnicos angolanos e assessores chineses.

“Depois de concluído, o laboratório de Saurimo poderá tratar da concentração e triagem de minerais indicadores, extração de micro-diamantes de kimberlito, usando fusão cáustica, classificar os micro-diamantes e descrever os mesmos, análise estatística de dados, análises químicas de minerais indicadores, determinação das propriedades físicas, químicas e ópticas dos diamantes e minerais”, explicou.