PR defende resposta inovadora e ambiciosa à Covid-19 em África

PR defende resposta inovadora e ambiciosa à Covid-19 em África

Para João Lourenço, o impacto da Covid-19 tem provocado uma fragilização do tecido social, o empobrecimento acentuado das famílias, o aumento do desemprego, sobretudo juvenil, bem como a redução das oportunidades do mercado informal

O Presidente da República, João Lourenço, disse, ontem, que o impacto da Covid-19 no mundo, em África em particular, está a causar a desaceleração do crescimento económico e, consequentemente, uma retracção do desenvolvimento humano e sustentável.

Para João Lourenço, esta situação tem provocado uma fragilização do tecido social, o empobrecimento acentuado das famílias, o aumento do desemprego, sobretudo juvenil, bem como a redução das oportunidades do mercado informal.

João Lourenço, que falava por videoconferência no fórum Aswan para a Paz e o Desenvolvimento Sustentável, de iniciativa do governo egípcio, apelou, no entanto, diante da crise, a uma resposta inovadora e ambiciosa a uma das crises mais graves que a humanidade conhece e que atinge milhões de pessoas em todos os continentes, devido à emergência sanitária.

Perante este quadro, “a nossa acção para o futuro”, defende João Lourenço, necessita de respostas inovadoras e ambiciosas para enfrentar esta grande crise que, apesar da sua complexidade, pode constituir também uma oportunidade para forjar uma plataforma de acções conjunta entre as nações.

África tem resistido à Covid-19

De acordo com o Presidente angolano, no início da pandemia antevia- se para os países africanos um cenário de catástrofe humana sem precedentes, agravado pelas múltiplas condições de vulnerabilidades estruturais existentes, propícias a inverter os progressos conseguidos nas últimas décadas na luta contra a pobreza e na luta contra o crescimento das desigualdades sociais.

No entender de João Lourenço, felizmente, os países têm conseguido resistir através de medidas de biossegurança, tratamentos e cuidados sanitários, acesso aos testes e início de uma ampla cobertura de imunização através das vacinas, cujo acesso deve ser considerado como um bem público global e disponível para todos.

“Reafirmamos o compromisso de Angola com a Agenda 2063 cujo princípio é o desenvolvimento sustentável, a coesão social e a paz, para encontrar soluções africanas para problemas africanos em busca da África que nós queremos, como refere a Carta da União Africana”, apontou.

Executivo comprometido com o reforço da coesão nacional

De acordo ainda com João Lourenço, nos últimos anos, Angola tem desenvolvido um conjunto de mecanismos inclusivos para o reforço da coesão nacional, através do envolvimento de todos os angolanos no processo de construção de uma paz sustentável e duradora, capaz de trazer reflexos económicos e sociais positivos na vida de todos os cidadãos.

Neste sentido, explicou, apesar dos efeitos negativos causados pela pandemia da Covid-19, o Governo angolano está a executar acções que visam a promoção sustentável, o desenvolvimento sócio-económico e um conjunto de políticas que têm permitido a inclusão económica e social das famílias mais vulneráveis.

“Encorajamos os esforços conjuntos para a paz e a segurança regional continuarem como prioridades na agenda dos países africanos e, neste domínio, Angola tem vindo a desenvolver acções específicas para garantir a sua implementação efectiva através do diálogo entre os países da nossa sub-região”, notou. “A realização da segunda edição da Bienal de Luanda-Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz é uma clara afirmação da confiança dos Estados na construção de novos caminhos para concretizar a cultura de paz em África, cujo compromisso Angola assume desde 2019 e que foi reafirmado recentemente na última cimeira da União Africana”, disse.

Para o Chefe de Estado, são de extrema importância o engajamento e empenho de todos os actores políticos e da sociedade civil africana na compreensão total dos desafios que o continente enfrenta para que se transformem em acções efectivas na melhoria dos indicadores de desenvolvimento que propiciam o bem-estar para todas as comunidades africanas.

Novos juízes do TC empossados

Ainda ontem, o Presidente da República, João Lourenço, empossou os novos juízes designados para o Tribunal de Contas (TC), tendo dito, na ocasião, que estão profissionalmente à altura de desempenhar, com êxito, as novas funções.

Tomaram posse os juízes conselheiros Fausto Tavares de Carvalho Simões, Manuel José Domingos, Olinda Maria França e Arlete Maria Bolonhês da Conceição, propostos pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial.