CASA-CE reforça coesão interna para quebrar sistemática ruptura na liderança

CASA-CE reforça coesão interna para quebrar sistemática ruptura na liderança

Para o presidente da coligação, só com a aposta num amplo programa de mobilização, que engloba a conquista de novos e antigos militantes, é que se pode preparar a organização para a conquista do poder e quebrar a sistemática rotina de ruptura na direcção da organização que, desde a sua fundação, em 2008, já registou a expulsão de dois presidentes

O presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, afirmou, ontem, que a nova dinâmica em curso na sua organização está permitir o regresso de antigos quadros e militantes da coligação, descartando assim quaisquer rupturas ou abalo interno com a recente expulsão da presidência de André Mendes de Carvalho “Miau” e a suspensão do líder do Bloco Democrático, Justino Pinto de Andrade.

O político reconheceu que a saída de Abel Chivukuvuku, em 2019, afectou e contribuiu para a fuga e dispersão de muitos militantes e quadros séniores da coligação. Porém, a gestão de André Mendes de Carvalho, frisou, não trabalhou na recuperação destes militantes, situação que considera ter influenciado “bastante” na fraca actuação e visibilidade da organização junto da sociedade.

Actualmente, referiu, a organização trabalha num processo interno de conquista não só de novos militantes, como também na recuperação e reconquista de membros desavindos de modo a fortalecer a organização e pôr termo aos momentos de clivagens e crises na direcção.

De acordo com Manuel Fernandes, que não avançou números e nomes concretos, desde a semana finda, a organização vem registando o regresso de várias figuras quer de nível base como de topo. Apontou ser necessário o contínuo trabalho de mobilização para fortalecer as estruturas a nível de todo o país para garantir o voto em 2022.

“Estamos a conquistar não só novas vontades, mas também antigos compatriotas para que juntos possamos fazer uma frente única na conquista do poder e permitir assim a alternância do poder”, defendeu.

Advocacia aos problemas da juventude

Por outro lado, o presidente da CASA-CE deu a conhecer que a sua organização vai continuar a fazer advocacia aos problemas da juventude para que, junto das entidades de direito, sejam resolvidos. Conforme explicou que, para uma maior compreensão da dimensão dos problemas que a juventude enfrenta, a organização apostou em modelos de encontros com diferentes franjas deste segmento populacional, sobretudo os que enfrentam maiores dificuldades.

Referiu que o “pontapé” de saída foi dado com a auscultação da juventude do município do Cazenga, no último final de semana. Assegurou que o acto deverá seguir para outras municipalidades, não só de Luanda como do país inteiro.

“É preciso que se criem modelos próprios na resolução dos problemas da juventude. E a CASA-CE vai trabalhar junto com as entidades de direito na resolução dos problemas que inquietam os nossos jovens”, frisou.