Dois polícias envolvidos no caso Cafunfo demitidos por profanação de cadáver

Dois efectivos da Polícia Nacional foram demitidos da corporação por práticas de profanação de cadáver e ofensas corporais contra membros do auto-denominado “Movimento Protectorado Lunda Tchokwe”, durante a rebelião armada, ocorrida na madrugada de 30 de Janeiro do ano em curso, em Cafunfo.

O inspector-chefe Eduardo Sachissapa Bongo Tomé e o agente Jonilto Meninho Txijica, ambos do Comando Provincial da Polícia Nacional na Lunda-Norte, cometeram os crimes acima mencionados a quando da invasão da Esquadra da Polícia de Cafunfo, de acordo com o despacho nº 015GAB/CGPNA/2021, a que OPAÍS teve acesso.

O Comandante-Geral, Paulo de Almeida, determina, no despacho datado de 12 de Março do corrente ano, que os efectivos demitidos devem fazer chegar o espólio de todo o uniforme da Polícia Nacional, bem como os documentos de identificação policial.

Na madrugada de 30 de Janeiro, o país foi surpreendido com um acto de rebelião armada na vila de Cafunfo. A acção foi protagonizada por um grupo de cidadãos nacionais e estrangeiros que atacaram uma esquadra policial.

No confronto com a Polícia Nacional, seis pessoas pertencentes ao auto-denominado “Movimento Protectorado Lunda Tchokwe” morreram e outras nove ficaram feridas. Foram detidos 19 cidadãos.